Boletim informativo da democracia, julho de 2022

Caros leitores, caras leitoras,

A guerra prossegue na Ucrânia. Bombas caem a cada minuto e crimes de guerra estão sendo cometidos diariamente. Além disso, a Rússia, responsável por este ataque não provocado a seu vizinho soberano, em desacordo com o direito internacional, distorce a realidade de tal forma que, mesmo em sociedades livres e democráticas como a Suíça, muitos ainda acreditam na narrativa oficial.

Quando cheguei em Lugano em 3 de julho, em meio a uma forte tempestade, o motorista do táxi afirmou que o Ocidente seria o responsável pela guerra na Ucrânia: “Admiro Putin pela coragem de sua decisão!”

A curta viagem em meio à chuva não nos permitiu realmente conversar. Por exemplo, sobre o fato de que Putin, o presidente da Rússia, oprime fortemente toda a oposição no país. Ou que um evento como a Conferência de Reconstrução da Ucrânia, da qual participei, ofereceu aos participantes uma oportunidade especial: a troca de ideias e a discussão com representantes de inúmeros países sobre formas de fortalecer a democracia na Ucrânia, na Europa e no mundo.

A liberdade de expressão é um dos pré-requisitos básicos centrais das sociedades democráticas. Ela permite (mas não garante) uma coexistência pacífica apesar das diferenças e contradições – sem bombas, crimes de guerra e mentiras impostas pelo Estado.

swissinfo.ch informa sobre a reconstrução democrática desde o início da guerra, dando voz aos oprimidos, questionando e pesquisando até sobre a situação dessas liberdades fundamentais em países como a Suíça.

Gostaríamos de saber a opinião dos nossos leitores e leitoras. Participem dos nossos debates sobre democracia ou entrem em contato direto comigo.

Atenciosamente

Bruno Kaufmann

Coordenador da editoria “Democracia”