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O sucesso editorial da democracia direta recebe novo “look”

Aos quarenta anos, a "Bíblia" dos suíços para o exercício da democracia direta receberá um novo design. Trata-se da mais importante reforma do livreto de votações e plebiscitos que acompanha cada decisão nas urnas no país.

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Com 5,5 milhões de exemplares para cada uma das votações federais (são quatro por ano), o livreto é a maior tiragem na Suíça. Com sua capa vermelha, é sempre enviado por correspondência junto com todo o material eleitoral (dentre elas, as cédulas para votar por correspondência). Porém as informações também estão disponíveis na internetLink externo.

No topo do ranking

A grande maioria dos eleitores suíços lê o livreto que explica todos os temas levados à escrutínio popular. Segundo as pesquisas de opinião realizadas pela VOTOLink externo, ele constitui para eles uma das principais fontes de informações.

Como exemplo, nas últimas votações federais, em 24 de setembro de 2017, o livreto foi lido por 88% dos eleitores. Ele também é a segunda fonte mais importante de informações para os escrutínios, apenas atrás dos jornais (92%) e na frente da televisão (82%).

Com 6,9 pontos de 10, o livreto chega a estar em primeiro lugar na classificação em termos de frequência de utilização, enquanto que os jornais e a televisão estão atrás, com respectivamente 6,5 e 6,1 pontos. Os números variam ligeiramente ao longo dos anos, mas as classificações continuam inalteradas após as votações.

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Manual ajuda eleitor suíço a votar em plebiscito

Este conteúdo foi publicado em Os plebiscitos federais de 29 de novembro de 2009 prometiam ser polêmicos. Uma das três questões levadas às urnas era se a Suíça deveria proibir ou não a construção de mais minaretes, as características torres onde os muezins conclamam os muçulmanos às orações. Os autores da iniciativa (ver quadro) vinham de dois partidos de centro-direita,…

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Sinal da equidade democrática

Para garantir essa aceitação é preciso não apenas manter a qualidade, mas também a sua utilidade para o eleitor. Por isso o governo federal aprovou um projeto de reforma gráficaLink externo, que deverá tornar-se o conteúdo do livreto mais claro e legível.

Se o novo visual é que deve atrair o olho, a novidade fundamental é, sem dúvida, a partilha igualitária do espaço entre os argumentos do governo e os dos comitês responsáveis pelas iniciativas ou referendos. A mudança é considerada uma grande melhora para esses grupos. Até então, suas posições e argumentos recebiam menos espaço no livreto do que as autoridades.

O livreto será publicado pela primeira vez com o novo visual por ocasião das votações federais de 23 de setembro de 2018. Precisamente no ano do seu 40º aniversário. A primeira edição das “Explicações do Conselho Federal” surgiu em 26 de fevereiro de 1978. Ele foi atualizado várias vezes: a última, em 8 de fevereiro de 2004, com a adoção de letras em branco sobre um fundo vermelho, as cores da bandeira suíça.

Adaptação: Alexander Thoele

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