Catar vai receber munições de fabricação suíça
O governo suíço disse na sexta-feira não ter encontrado "nenhum motivo imperioso" para bloquear a exportação de 6.000 peças de munição para o Catar.
“Em sua avaliação da situação, o Conselho Federal considerou todos os critérios previstos pela lei [sobre exportação de armas]”, declarouLink externo o executivo em um único parágrafo. Nenhuma justificativa para bloquear o acordo foi encontrada.
As peças de 27mm são para uso em metralhadoras do caça Eurofighter Typhoon construído na Europa, disse o governo. O governo não nomeou o fabricante de armas envolvido.
De acordo com a neutralidade do país, as regras suíças de exportação de armas proíbem o envio de armas para países envolvidos em uma guerra civil ou internacional; elas também estipulam que os países compradores devem pedir permissão a Berna antes de enviar as armas para um terceiro país – uma exigência que desencadeou debates no início deste ano quando Berna vetou a reexportação de munições pela Alemanha para a Ucrânia.
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O Catar não está envolvido em um conflito internacional desde que saiu de uma aliança militar envolvida na guerra do Iêmen em 2017. Entretanto, grupos de direitos humanos têm criticado repetidamente a exportação de armas para um país que dizem ter um registro maculado. Na sexta-feira, reagindo ao último caso, o Grupo Pacifista para uma Suíça sem Exército (GSOA) disse que era “vergonhoso” vender armas a um país que descreveu como “claramente autocrático, onde os direitos humanos quase não contam”.
No ano passado, surgiu que o armamento suíço também estaria envolvido na proteção dos estádios durante a próxima Copa do Mundo no Catar, que está prevista para começar em novembro. O Estado do Golfo comprou dois sistemas de defesa aérea no valor de quase CHF160 milhões. O acordo colocou o Catar no topo da lista das exportações suíças de armas, que subiu mais de 40% para CHF516 milhões no primeiro semestre deste ano.
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