Centenas de pessoas protestam contra voto para aumentar a idade de aposentadoria das mulheres

As mulheres estão exigindo igualdade de remuneração e oportunidades na Suíça. Peter Schneider/Keystone

Várias centenas de pessoas se reuniram na capital suíça, Berna, para protestar contra o resultado de uma votação nacional para aumentar a idade de aposentadoria das mulheres.

Uma maioria ínfima de eleitores no domingo apoiou uma proposta para que as mulheres se aposentassem aos 65 anos em vez de 64. A medida foi projetada para aumentar os fundos do sistema de pensão da Suíça.

Mas manifestantes na segunda-feira exigiram que as desigualdades, tais como remuneração e obstáculos para as mães trabalhadoras, fossem abordadas pelos políticos.

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A ação deve ser vista como “a primeira declaração de guerra contra homens ricos, velhos e brancos” que decidiram que as mulheres deveriam trabalhar por mais tempo, disse Tamara Funiciello, do grupo de mulheres social-democratas.

“As mulheres carregam esta sociedade sem ganhar nada”, disse ela, acrescentando que uma greve feminina seria organizada para junho do próximo ano.

Mais de 10.000 pessoas participaram de uma greve de mulheres que foi realizada em toda a Suíça em 2019. O dia de ação exigia a igualdade de direitos entre homens e mulheres e que fossem tomadas medidas para acabar com a violência contra as mulheres.

Falando no domingo após a votação nacional, o Ministro do Interior Alain Berset disse que a força da oposição “é um sinal claro ao parlamento para buscar soluções para melhorar a posição das mulheres em uma reforma do sistema de aposentadoria ocupacional”.

As pessoas contra o aumento da idade de aposentadoria denunciaram o resultado da votação como um “insulto às mulheres”. Elas disseram que as mulheres tinham que pagar um preço alto e que ainda eram vítimas de discriminação salarial.