A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que as negociações da Suíça com a União Europeia devem ser mantidas completamente separadas das questões sobre uma saída britânica.
A Suíça tenta chegar a um acordo com a UE que encaixe um plebiscito de 2014 que deve reintroduzir cotas para os trabalhadores da UE na nação alpina. Contudo, isso viola diretamente os tratados bilaterais e um dos princípios fundamentais da União Europeia, o da livre circulação de pessoas que permite aos cidadãos da UE viver e trabalhar nos Estados-Membros.
O ministro da Economia, Johann Schneider-Ammann, que ocupa a presidência rotativa da Suíça neste ano, encontrou-se com Merkel em Berlim na quarta-feira. Os dois discutiram as tentativas da Suíça para encontrar uma solução específica ao seu problema. No entanto, a situação da Suíça com a UE tem sido posta em segundo plano desde que a Grã-Bretanha votou pela saída do bloco.
Se a União Europeia fizer qualquer concessão à Suíça, a Grã-Bretanha pode muito bem ver isso como um sinal de que é possível esperar um novo acordo com seus ex parceiros europeus.
Em uma conferência de imprensa na capital alemã, na quarta-feira, Merkel disse que tentou “se colocar na pele de um cidadão suíço” e acrescentou que não ficaria feliz que as negociações tomassem outro rumo “por causa de outra decisão em outro país”.
Schneider-Ammann, entretanto, disse que espera chegar a um acordo sobre as cotas e a livre circulação de pessoas até o final do ano.
Em uma entrevista antes da reunião, o presidente suíço declarou que a Suíça não seria pressionada a abandonar sua soberania. Os suíços têm até o início do próximo ano para implementar o plebiscito com medidas que limitem a imigração da UE.
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