COP27 é uma cúpula climática “muito difícil”, diz ministra suíça
A COP27 no Egito se aproxima do fim, mas muitas questões polêmicas continuam não resolvidas. A Ministra do Meio Ambiente da Suíça diz que ainda há tempo para tomar medidas climáticas eficazes.
“É uma conferência climática muito difícil”, disseLink externo Simonetta Sommaruga, ministra suíça do Meio Ambiente, à televisão pública suíça SRF, na quarta-feira.
“Os grandes países não querem participar; os outros não querem mais pagar. E, ao mesmo tempo, os países mais pobres estão lá. Eles são os mais afetados, os que realmente estão sofrendo massivamente com esta crise climática com fome e situações muito dramáticas”.
Os negociadores nas conversações internacionais sobre o clima na cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh estão tentando mover as principais linhas dos países sobre diversas questões, incluindo a compensação por desastres climáticos, a redução gradual de todo o uso de combustíveis fósseis e ajuda financeira adicional para as nações mais pobres.
O documento final da COP27 é necessário para ser unânime. Mas muitas questões ainda estão, segundo informações, por resolver. O presidente da COP27 do Egito exortou os negociadores a acelerar o ritmo para superar suas diferenças, enquanto as nações pobres criticaram a minuta por não atender suas necessidades de fundo para enfrentar os danos já causados por tempestades, secas e enchentes.
“O tempo não está do nosso lado, vamos nos reunir agora e entregar até sexta-feira”, disse o presidente da COP27 Sameh Shoukry em uma carta aos delegados datada de quarta-feira e publicada na quinta-feira.
Sommaruga fez eco a isto: “A tarefa agora é que os ministros se envolvam, mas, ao mesmo tempo, pressionem”.
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COP27 e a contribuição dos países ricos para o clima
As autoridades climáticas reunidas em Sharm el-Sheikh têm discutido a implementação do Acordo de Paris, para limitar o aquecimento global a 1,5 graus até 2030, e como cumprir as metas de redução de emissões.
A Suíça quer alcançar a neutralidade climática até 2050. Sob os termos do acordo climático de Paris, ela se comprometeu a reduzir pela metade as emissões até 2030. Mas o país falhou por pouco sua meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2020, apesar do bloqueio do coronavírus e de um inverno excepcionalmente quente.
“A Suíça já fez muita coisa. Mas o fato é que também nós devemos seguir em frente. A lei de CO2, que agora está sendo discutida no parlamento, é exatamente a abordagem necessária para que possamos reduzir massivamente as emissões de CO2 em nosso país – ou seja, em 50% até 2030”, disse a ministra suíça.
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Suíça despenca na classificação climática internacional
No Egito, a Suíça tem dado ênfase especial para que os países participantes se comprometam com as decisões concretas de proteção climática. Ela tem insistido em um programa de trabalho sobre mitigação, como tem sido feito para a adaptação.
A delegação suíça também tem trabalhado para aumentar os investimentos globais na proteção do clima. O objetivo é formular uma nova meta de financiamento para o período após 2025.
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