Com base em um relatório de especialistas, o voto pela internet – mais conhecido na Suíça por “e-voting” – pode ser considerado um método seguro e confiável, de acordo com o chanceler federal Walter Thurnherr.
“É a hora certa para uma ampla discussão sobre o e-voting e tomar uma decisão ciente. Há vantagens suficientes, especialmente para os cerca de 10% de eleitores suíços que vivem no exterior”, disse em entrevista coletiva na quarta-feira (27).
Nos últimos 15 anos, mais de 200 ensaios com o e-voting foram realizados em nível nacional e cantonal (estadual). Um número limitado de suíços registrados também pôde participar dos testes.
A proposta prevê que o voto pela internet se torne uma opção, mas não uma obrigação, para os cantões que decidirem adotar o sistema online. Atualmente, dois sistemas certificados estão em uso.
A Chancelaria Federal, que supervisiona as questões relacionadas às votações, foi mandatada para apresentar propostas detalhadas ainda este ano, que serão sujeitas a um procedimento de consulta entre partidos políticos, instituições e cantões.
O parlamento suíço deve discutir os planos do governo nos próximos dois anos.
No entanto, os críticos argumentam que a opção de votar pela internet não é segura, já que hackers podem tentar adulterar o sistema para fraudar o resultado dos votos.
No ano passado, o governo decidiu, em princípio, ampliar as opções de e-voting em todo o país, colocando em prática o voto pela internet em pelo menos 18 dos 26 cantões suíços até outubro de 2019.
A Organização dos Suíços do Exterior (OSE) quer que todos os expatriados suíços registrados possam usar a opção de e-voting nas eleições parlamentares do próximo ano.
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