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Partidos disputam votos dos suíços do estrangeiro

De 800 mil suíços vivendo no exterior, aproximadamente 180 mil estão registrados nas listas eleitores dos consulados. Um grupo disputado pelos partidos que, hoje, lançam seus próprios candidatos originários dessa comunidade.

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A seção internacional do Partido Socialdemocrata (SP, na sigla em alemão) anunciou no início da semana a candidatura de 30 suíços do estrangeiro às eleições em 2019. No comunicadoLink externo, justificou a decisão: “Chegou o momento de ouvir as reivindicações dos suíços do estrangeiro.”

O texto cita Christine Löhrer, candidata à deputada-federal pela seção de Berna do SP. “Pouco ou nada foi feito até agora. As preocupações da ‘Quinta Suíça’ não são ouvidas na política”. Ela lembra as dificuldades que muitos concidadãos no exterior têm para abrir contas bancárias na Suíça. Outra barreira é a previdência e as lacunas que surgem durante a vida fora e, finalmente, a participação falha do processo democrático, já que o voto eletrônico ainda não foi implementado. “O Parlamento tem de combater estas discriminações”, continua o comunicado.

Só um eleito

Até hoje apenas um suíço estrangeiro chegou a conquistar um assento no Parlamento federal: o ex-diplomata Tim Guldimann, que abdicou do mandato de deputado-federal pelo PS apenas dois anos e meio depois de eleito.

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Tim Guldimann

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Tim Guldimann, único deputado suíço no estrangeiro, joga a toalha

Este conteúdo foi publicado em “Não é nenhuma catástrofe, mas uma grande pena que o nosso primeiro deputado suíço no estrangeiro renuncie, uma pessoa que alcançou uma votação extraordinária em 2015 graças à sua fama”, disse a diretora da ASO, Ariane Rustichelli, à swissinfo.ch.  “Ele era uma espécie de símbolo, e graças a ele, que mora em Berlim, os problemas e os interesses cotidianos da Quinta…

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Em termos de números, a “Quinta Suíça” (n.r.: expressão para denominar a comunidade de suíços que vive fora das suas fronteiras, por se tratar da quinta comunidade ao lado dos francófonos, germanófonos, italófonos e os falantes de reto-romano) tem um grande peso: onze por cento dos suíços vivem no exterior. No total, 182 mil eleitores estão registados nas listas dos consulados, o que ainda é suficiente para ser um fator político de peso.

Disputa por votos

Os partidos helvéticos têm interesse nessa clientela. A seção internacionalLink externo do Partido do Povo Suíço (SVP) promete reforçar o contato com os suíços do estrangeiro e apoia o exercício dos direitos políticos dessa comunidade”, escreve no site. O partido lançou também 30 candidatos para as eleições em outubro de 2019

Mann mit T-Shirt mit Schweizerkreuz
Rolf Schudel vive há trinta anos na África do Sul e se candidatou ao Parlamento federal em 2003 pelo Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão). Keystone / Alessandro Della Valle

Segundo o jornal Aargauer ZeitungLink externo, o Partido Liberal Suíço (FDPLink externo) e o Partido Cristão-Democrata (CVPLink externo), que manifestam também estar comprometidos com os interesses dos suíços do estrangeiro, não elaboraram listas especiais para as eleições.

Adaptação: Alexander Thoele

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