Especialistas suíços dizem que Ômicron atingiu seu ponto máximo

Existem atualmente duas plataformas e redes na Suíça onde especialistas e pacientes podem trocar informações sobre os efeitos a longo prazo da Covid. Keystone/Alessandro Crinari

Especialistas em saúde dizem que o número de novas infecções com a variante altamente contagiosa Ômicron atingiu seu ponto máximo na Suíça.

Virginie Masserey, do Ministério da SaúdeLink externo do país, disse que a última onda de infecções estava estagnada em um nível elevado, enquanto um número considerável de casos permaneceu sem ser detectado, apesar de até 100.000 testes serem realizados todos os dias.

O número de pacientes Covid em terapia intensiva permaneceu estável nas últimas semanas, disse ela em uma coletiva de imprensa na terça-feira.

A força-tarefa científicaLink externo contra a Covid do governo disse que a taxa de crescimento da reprodução caiu abaixo do limite crucial de um, ou seja 0,92, na última semana de janeiro.

Masserey disse que a força-tarefa continua monitorando a evolução da epidemia na Suíça e em outros países europeus.

O governo suíço deverá decidir na próxima semana sobre possíveis passos para uma maior flexibilização das restrições.

Covid Longa

O Ministério da Saúde também está considerando várias opções para lançar um registro nacional de casos de Covid Longa.

A coleta sistemática de dados sobre os efeitos a longo prazo da infecção é crucial, de acordo com Linda Nartey, chefe dos serviços de prevenção e saúde pública do Ministério.

O governo rejeitou anteriormente as exigências do grupo de pacientes para um registro nacional.

As autoridades cantonais de saúde agradeceram os esforços para melhorar a informação e os tratamentos para os pacientes com Covid com efeitos a longo prazo.

Até 25% dos pacientes de Covid também sofrem de tais efeitos, e cerca de 3% reclamam de sintomas fortes seis meses após uma infecção inicial, de acordo com um estudo entre 1.500 pessoas realizado pela Universidade de Zurique.

No ano passado, cerca de 1.700 se inscreveram ao seguro de invalidez devido a uma infecção por Covid, de acordo com o Departamento Federal de Previdência Social.