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Ministra suíça das Finanças pede demissão

Eveline Widmer-Schlumpf, ministra suíça das Finanças, anunciou hoje em Berna que sai do Conselho Federal (governo). Keystone

Eveline Widmer-Schlumpf não será mais ministra em 2016. A política do Partido Burguês-Democrático (PBD) terminou hoje o longo suspense ao anunciar que não irá se apresentar às eleições do Conselho Federal (governo) no Parlamento em 9 de dezembro. Ela declara que a decisão foi tomada após grande reflexão, especialmente junto à família.

Originária do cantão dos Grisões (leste), Eveline Widmer-Schlumpf era até então membro do Partido do Povo Suíço (SVP) quando, em 2007, foi eleita ministra graças a um golpe político que permitiu a destituição de Christoph Blocher. Excluída do seu partido, ela se tornou a figura de proa de um novo partido, o Partido Burguês-Democrático (PBD).

Sua demissão era bastante esperada após as eleições federais em 18 de outubro, que terminaram com fortes perdas para o seu partido e um avanço do SVP e do Partido Liberal-Radical. Esses dois partidos lutam há bastante tempo para uma segunda vaga no Conselho Federal para um representante das forças de centro-direita.

Porém, os resultados da eleição não tiveram um papel determinante, explicou a ministra das Finanças, sorridente e calma, à imprensa. “É melhor parar um trabalho quando você ainda tem prazer”, declarou, após fazer um balanço da sua carreira que incluiu postos de liderança política no cantão dos Grisões e depois como chefe da Conferência de Diretores Cantonais de Finanças, até chegar ao Conselho Federal. 

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Segundo ela, que foi sucessivamente ministra da Justiça e Polícia e depois de Finanças, é um grande privilégio de estar no Poder Executivo, mas isso também custa muita energia. “Não me pergunto se tudo valia a pena. As coisas são como elas são”, declarou.

Eveline Widmer-Schlumpf revela que teve inúmeras discussões em família e também com os colaboradores mais próximos em relação ao melhor momento de sair do governo. Ela manifestou alívio por nenhuma informação ter se tornado pública e ressaltou que estará satisfeita quando a imprensa focar sua atenção em outras pessoas. “A pressão que vivi não foi do SVP, mas sim da família.

Ela declarou que gostaria de consagrar seu tempo a outras ocupações como os netos. “Não tenho medo de ficar entediada”, afirmou, sem abordar possíveis planos de futuro.

Eveline Widmer-Schlumpf também anunciou que sairá da direção do PBD após as eleições. Ela se absteve também de comentar o impacto de sua decisão nas eleições do Conselho Federal em 9 de dezembro ou a reivindicação do SVP de um segundo posto no corpo do Executivo. “Tenho minha opinião, mas não irei revelá-la”, disse.

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