Em uma entrevista com a emissora pública suíça RTS, Marty diz que teve agentes de proteção armados em sua casa por quatro meses e meio, a partir do final de 2020.
Sua casa está agora equipada com câmeras de vigilância e uma sala segura com polícia à paisana, vigiando as proximidades. Marty deve usar um colete à prova de balas quando sai em público.
Durante sua carreira, Marty foi político e promotor no cantão do Ticino, no sul da Suíça.
De 1999 a 2011 ele foi membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Nesta qualidade, ele conduziu várias investigações, tais como alegações de prisões secretas da CIA na Europa e suposto tráfico de órgãos no Kosovo.
Esta última investigação foi aparentemente o catalisador da alegada ordem de assassinato da Sérvia, que nunca aceitou a formação de um Kosovo independente.
“A ameaça aparentemente vem de certos círculos dos serviços de inteligência sérvios que pediram ao submundo, assassinos profissionais, que me liquidassem simplesmente para colocar a culpa nos kosovares”, disse Marty à RTSLink externo.
Marty também se ressente do fato das autoridades suíças não terem abordado o assunto com a Sérvia. Ele diz que teve que escrever para a polícia federal para forçá-los a agir.
“Qualquer pessoa que se envolva na busca da verdade merece não só proteção, mas também justiça. Eles merecem ver que aqueles que tentam tirar suas vidas enfrentam uma ação judicial. Isto não pode ser tolerado”, escreveu ele em fevereiro.
Os policiais federais devem agora viajar para a Sérvia no final deste mês. Mas Marty está se queixando da aparente inação da Procuradoria-Geral e do Ministério das Relações Exteriores.
Tanto o Ministério das Relações Exteriores quanto a Procuradoria Geral disseram à RTS que estão em contato um com o outro e com a polícia federal, mas se recusaram a declarar que ações estão tomando além de dar proteção a Marty na Suíça.
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