Três quartos dos suíços apoiam a proibição da burca
Duas mulheres de burca observam uma manifestação durante o congresso anual do Conselho Central Islâmico da Suíça, em 2011.
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Uma proibição nacional de véus faciais - uma proibição da burca de fato - seria, atualmente, apoiada por 76% dos eleitores suíços, de acordo com uma pesquisa realizada pelos jornais SonntagsZeitung e Le Matin Dimanche. Cerca de metade deles também apoia a ideia de que o Islã se torne uma religião oficial suíça.
Seis em cada dez entrevistados disseram que decididamente apoiariam a proibição de véus faciais, apresentada pelo Partido Popular da Suíça /SVP em alemão, UDC em francês). Cerca de 16,5% disseram que estavam inclinados pela proibição, 7% tendiam contra, 13% estavam decididamente contra, e 3% disseram que ainda não tinham decidido.
Quase 70% dos entrevistados também queriam ver os lenços de cabeça proibidos das escolas.
Mas enquanto os suíços parecem ser contra burcas e niqabs, esse não é o caso do Islã como religião: 48% apoiam o reconhecimento oficial do Islã como uma religião de Estado, como o cristianismo. Essa idéia foi proposta pelo partido socialista, desde que as comunidades islâmicas adotem uma forma moderada de islã e se organizem de forma transparente.
A pesquisa on-line feita pela agência Marketagent consultou 1.264 suíços entre os 18 e os 75 anos de idade na Suíça de língua alemã e de língua francesa, entre 7 e 18 de dezembro.
O Ticino é o único cantão até agora a introduzir uma proibição total de cobertura de rosto em locais públicos. St Gallen tem uma forma menos restritiva de proibição, mas os eleitores rejeitaram a idéia em Zurique, Solothurn, Schwyz, Basîleia cidade e Glarus. Os legisladores do Valais recentemente proibiram um voto cantonal sobre o uso de leços de rosto alegando que isso violaria a Constituição.
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