Jovens suíços têm apetite por engajamento político
Quase três em cada quatro jovens gostariam de participar mais na política, mas se sentem retidos por vários fatores, incluindo a falta de informação, de acordo com um estudo publicado na terça-feira pela Comissão Federal para Crianças e Jovens (EKKJ).
O presidente da EKKJ, Sami Kanaan, disse que o estudo refuta a percepção de que os jovens não estão interessados na política e que a juventude estava acima de tudo interessada em “desafios coletivos”; as mudanças climáticas, a igualdade de gênero e o racismo eram as questões mais prementes.
O envolvimento político depende de fatores estruturais tais como gênero, nível sócio-econômico e educação, revela o relatório. Mulheres jovens e meninas participam mais do que seus pares masculinos na mesma idade, assim como os jovens com educação superior.
A participação política convencional, nas votações e eleições, é o canal mais popular para o envolvimento dos jovens. A idade de 18 anos para votar é, portanto, uma barreira para muitos, assim como a necessidade de possuir a nacionalidade suíça para votar.
A participação política digital via mídia social é a segunda maneira mais comum de os jovens se verem envolvidos, através de debates online. As formas não convencionais de engajamento são menos difundidas, mas ainda estão presentes, principalmente por motivos políticos (por exemplo, boicotes ou compras “conscientes” de certos produtos em detrimento de outros). Demonstrações não autorizadas ou envolvimento em movimentos sociais também são mencionadas.
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O EKKJ diz que o aumento do envolvimento político dos jovens exige uma abordagem dupla: tanto motivando-os diretamente, mas também conscientizando os adultos da necessidade de levar a sério seus jovens homólogos e escutá-los “sem paternalismo”.
O EKKJ também apóia a introdução do direito de voto aos 16 anos.
O estudo, que resumiu as opiniões dos jovens entre 12 e 27 anos, foi realizado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW) em colaboração com a Escola Superior de Trabalho Social do Valais (HES-SO) e a Universidade de Ciências Aplicadas e Artes do Sul da Suíça (SUPSI).
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