Suíça se prepara para acolher refugiados ucranianos
A Suíça está ativando o planejamento de emergência entre as autoridades nacionais e cantonais, além de contar com a ajuda de cidadãos particulares, para preparar a chegada dos ucranianos que fogem da guerra, disse a ministra da Justiça Karin Keller-Sutter.
Keller-Sutter disse ao jornal NZZ am Sonntag que embora ela não pudesse dizer quantos ucranianos chegariam à Suíça, os seus homólogos da UE estimaram, no início desta semana, um possível deslocamento de cinco a sete milhões de pessoas.
No domingo, as Nações Unidas disseram que mais de 1,5 milhões já fugiram da Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro, tornando-a a mais rápida crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Na sexta-feira, o governo suíço anunciou planos para ativar um vistoLink externo especial SLink externo para quem precisa de proteção de emergência – uma autorização que permitiria aos ucranianos viver e trabalhar no país por um ano, com a opção de prorrogação, se necessário.
O visto, que é semelhante à diretiva de proteção temporária invocada a nível da UE, foi criado após os conflitos na Iugoslávia nos anos 90, mas nunca foi usado. O governo tomará uma decisão final sobre os detalhes na próxima sexta-feira.
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Ajuda privada
Enquanto Keller-Sutter dizia que as autoridades federais e cantonais estavam trabalhando para preparar a chegada dos ucranianos, ela também contava com a solidariedade “maciça” do povo suíço, muitos dos quais dizem estar interessados em ajudar no alojamento dos refugiados.
“Esta ajuda também pode remover parte do fardo para as autoridades”, disse ela.
A diretora da Campax, uma plataforma online para projetos cívicos, disse ao jornal Le Matin Dimanche , no domingo, que sua organização já havia recebido notícias de mais de 10.000 pessoas na Suíça, oferecendo cerca de 32.000 leitos para refugiados.
Keller-Sutter também informou aos seus homólogos da UE que a Suíça está disposta a aderir a um programa de reassentamento à escala europeia. No entanto, ainda não é algo que os países do Leste Europeu queiram, disse ela à NZZ am Sonntag.
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