Mais de 70.000 refugiados ucranianos fogem para a Suíça

O governo suíço desenvolveu o status de proteção S para permitir a rápida admissão de um grupo de refugiados, que são assim liberados de longos procedimentos de asilo. © Keystone / Peter Klaunzer

Mais de 70.000 pessoas fugiram da Ucrânia para a Suíça e solicitaram o status de refugiadas, dizem as autoridades suíças.

Até segunda-feira, 67.621 pessoas haviam recebido o visto especial de “proteção S”, disse a Secretaria de Estado para as Migrações (SEM). Isto representa um aumento de 458 pedidos em comparação com a semana anterior.

O governo desenvolveu o visto de proteção S em meados dos anos 90, em resposta às guerras nos Balcãs. O mecanismo visa permitir a admissão rápida de um grupo de refugiados, que são assim liberados de longos procedimentos de asilo, incluindo exames individuais do motivo pelo qual fugiram de seu país.

Até o momento, o visto S foi concedido para 5.344 pessoas, disse a SEM. Os casos de 1.704 pessoas da Ucrânia também estão sendo examinados para determinar se devem encerrar seu visto S de refugiado.

A Suíça está esperando quase 50% mais pedidos de asilo este ano, em comparação com 2021, o que motivou a construção de novos centros de alojamento e o apoio do exército.

Crise dos refugiados

A estimativa do número de refugiados para 2022 aumentou significativamente desde uma previsão em outubro de 19.000 pedidos de asilo e 85.000 ucranianos com visto S. A SEM disse em 20 de outubro que esperava receber 22.000 refugiados até o final do ano, 7.000 a mais do que 2021.

Desde 24 de fevereiro, mais de 7,7 milhões deLink externo ucranianos fugiram de seu país por segurança em toda a Europa. Isto representa a maior crise de refugiados europeus desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Na Europa, 4,5 milhões de pessoas da Ucrânia solicitaram o status oficial de proteção aos refugiados, escreveu o SEM, com base em dados da agência de refugiados da ONU (ACNUR), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da agência de estatísticas da UE Eurostat.