Movimento antivacina suíço não larga o osso

O presidente do Movimento Liberdade Suíça posa em frente às caixas empilhadas contendo as mais de 125.000 assinaturas coletadas antes de serem entregues à Chancelaria Federal. Keystone/Anthony Anex

Uma proposta exigindo a proibição de fato das vacinações obrigatórias foi entregue às autoridades suíças.

Os organizadores disseram na quinta-feira que coletaram mais de 125.000 assinaturas em pouco mais de 12 meses para uma iniciativa popular destinada a garantir o direito de consentimento prévio às inoculações.

O grupo Movimento Liberdade SuíçaLink externo disse que sua exigência não se limita a vacinas contra a Covid, mas também se aplica a “vacinas, chips e outras formas de informação digital em um corpo humano”, de acordo com a agência de notícias Keystone-SDA.

O grupo quer consagrar um artigo na constituição do país declarando que o consentimento é obrigatório para toda violação da “integridade física ou psicológica de uma pessoa”.

As pessoas que se recusam a ser vacinadas não devem ser punidas ou sofrer qualquer dano social ou profissional, diz o grupo.

Grupos específicos

De acordo com a lei atual, as vacinas só podem ser obrigatórias pelo governo cantonal ou nacional para determinados grupos e em situações extraordinárias.

O governo e o parlamento ainda têm que discutir a proposta antes que seja marcada uma data para uma votação nacional.

Só neste ano, os cidadãos suíços tiveram a palavra final em duas ocasiões sobre a política anti-covid do governo. As emendas legais ganharam claras maiorias nas urnas em junho e novembro, respectivamente.