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Parlamento suíço elege dois novos membros do Executivo

Los dos nuevos ministros se abrazam
Albert Rösti (esquerda) e Elisabeth Baume-Schneider foram eleitos como novos membros do Conselho Federal (o corpo de sete ministros que governa a Suíça) na quarta-feira, 7 de dezembro de 2022. © Keystone / Anthony Anex

O Parlamento suíço elegeu na quarta-feira (07.12) dois novos ministros para substituir os políticos que se retiram do governo.

Albert RöstiLink externo, do Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão) e Elisabeth Baume-SchneideLink externo, do Partido Socialista (SP), tomarão posse no início do próximo ano, após as demissões dos ministros Ueli MaurerLink externo e Simonetta SommarugaLink externo.

Em setembro, Maurer anunciou que abandonaria o ministério das Finanças da no final deste ano.

Eleito em 2009, Maurer foi inicialmente responsável pelo ministério da Defesa, Proteção Civil e Esporte (DDPS). Desde 2016, o político conservador de direita está à frente do ministério das Finanças e é o membro mais antigo do Conselho FederalLink externo.

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Rösti foi eleito no primeiro turno das eleições com 131 votos, superando confortavelmente a maioria requerida de 122 votos. 

Dirigindo-se ao Parlamento após sua eleição, o político conservador prometeu tomar posse em 1 de janeiro do próximo ano “cheio de vigor”.

A eleição de Baume-Schneider para substituir a ministra do Meio Ambiente, Transportes, Energia e Comunicações, Simonetta Sommaruga, que no mês passado anunciou que iria renunciar, exigiu três rodadas de votação.

Baume-Schneider torna-se a primeira pessoa do cantão do Jura a ocupar um cargo no Conselho Federal. Em seu discurso de aceitação, a política socialista enfatizou a necessidade de melhorar o diálogo com a União Européia.

Homenagem aos ministros demissionários

Esta manhã também houve a despedida oficial dos dois membros do Conselho Federal. O Parlamento prestou homenagem às duas figuras políticas de lados opostos: Ueli Maurer (direita) e Simonetta Sommaruga (esquerda).

Em seu discurso a Ueli Maurer, o presidente do Conselho Nacional (Câmara dos Deputados), Martin Candina, o elogiou como um estadista “amável” com um “senso de humor” e um forte compromisso com seus ideais. “Sua energia e o prazer com que enfrentou desafios foram sempre um exemplo e uma inspiração”, disse.

Maurer se despediu ressaltando a importância de defender a liberdade. “Sem ela não pode haver democracia”, enfatizou. O ministro das Finanças reiterou seu compromisso com um orçamento equilibrado, que também vê como uma garantia de liberdade.

Candidas prestou também homenagem à ministra Simonetta Sommaruga, que permaneceu sincera e “vulnerável”, e cujo compromisso foi com sua “bússola política”. Ele ressaltou a “propensão da ministra para o diálogo”, o que permitiu “sempre encontrar compromissos”, “fazer avançar questões espinhosas e iniciar mudanças”.

Em seu discurso de despedida, Sommaruga referiu-se às diferenças entre ela e Ueli Maurer, principalmente relacionadas aos seus papéis. “O ministro das finanças quer economizar dinheiro. Já a ministra da Infra-estrutura tem que garantir serviços básicos”, enfatizou, evocando a importância do serviço público. “Tal serviço tem um preço, mas é dinheiro bem gasto.”

“Não há ninguém mais diferente de nós dois”, porém, “encarnamos o que torna nossa política única”, ou seja, sermos capazes de encontrar soluções, resumiu.

Adaptação: Alexander Thoele

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