Partidos reagem à fusão de resgate do Credit Suisse
Os principais partidos políticos da Suíça exigiram medidas para evitar a repetição da aquisição do segundo maior banco do país, o Credit Suisse.
O Partido Popular Suíço, direita populista, criticou o governo por impulsionar a fusão entre o banco líder UBS e o Credit Suisse.
O SVP, de sua sigla em alemão, advertiu que o negócio era muito arriscado e culpou o Partido Liberal Radical, de direita, que tem ligações tradicionais com o Credit Suisse, pela queda do banco sediado em Zurique.
Os socialistas disseram que era necessário um inquérito parlamentar para esclarecer a crise e as partes interessadas deveriam ser responsabilizadas. Eles também querem introduzir uma proibição do pagamento de bônus aos gestores.
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Os liberais radicais pediram mudanças na lei, mas acolheram o acordo como inevitável para evitar mais danos para o setor financeiro suíço.
De forma semelhante, o Centro exortou a que se tirasse lições da última crise que vem 15 anos após o banco central suíço ter socorrido o banco UBS na crise financeira de 2008. O partido disse que a fusão foi a melhor de todas as más soluções.
O Partido Verde disse que eram necessárias regras mais estritas para o centro financeiro da Suíça, notadamente uma proibição de bancos de investimento para bancos sistemicamente importantes.
+ O acordo entre UBS e Credit Suisse em detalhes
Empresas e sindicatos
A principal organização empresarial da Suíça, a economiesuisse, saudou a intervenção do governo para ajudar a evitar uma desestabilização do centro financeiro suíço.
A federação empresarial disse que a fusão entre o UBS e o Credit Suisse impediu uma escalada fatal.
Por sua vez, a Federação Sindical quer que as autoridades criem uma força-tarefa para ajudar a limitar a perda de empregos.
Especialistas dizem que os cortes de postos de trabalho são inevitáveis, pois ambos os bancos têm estruturas paralelas.
O UBS tinha uma equipe de 17.000 funcionários na Suíça no final do ano passado, enquanto o Credit Suisse empregava cerca de 16.000 pessoas na Suíça.
No domingo, o presidente do UBS, Colm Kellegher, disse que era muito cedo para dar detalhes, mas ele prometeu que o novo gigante bancário levaria em conta as preocupações sobre demissões em massa.
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