Pequeno aumento dos ativos russos congelados na Suíça
As autoridades suíças congelaram até agora 6,7 bilhões de CHF (US$ 6,8 bilhões) de ativos pertencentes aos russos sancionados. Isto representa um aumento de CHF400 milhões desde meados de maio.
A Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos (SECO), o departamento governamental responsável pelo tratamento das sanções, anunciou o valor em 8 de julho. O total de ativos bloqueados inclui 15 propriedades.
O valor quase não mudou desde que em meados de maio foram anunciados CHF6,3 bilhões em ativos russos congelados.
“A quantidade de bens congelados não permite medir a eficácia das sanções. Ela apenas fornece um instantâneo e pode variar em uma direção ou outra”, disse a SECO em uma declaraçãoLink externo em seu site.
A Suíça assumiu todos os pacotes de sanções da UE contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro; o último foi o embargo europeu às importações de petróleo bruto russo, aprovado pelo governo suíço em 10 de junho.
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É possível desapropriar bens confiscados na Suíça?
Naquele dia as autoridades suíças também impuseram sanções financeiras e de viagem a mais 100 pessoas e entidades russas e bielorrussas. A nova lista de sanções suíças é idêntica à da UE. Até agora, mais de 1.100 pessoas físicas e quase 100 entidades russas foram colocadas na lista suíça.
Apesar das fortes discussões e críticas vindas do exterior sobre o empenho do país na aplicação das sanções, a Suíça tem se abstido até agora de adaptar os procedimentos coordenados pela SECO. Em 9 de junho, o parlamento rejeitou uma moção de esquerda para criar uma força-tarefa especial para coordenar os esforços das sanções.
A Associação Suíça de Banqueiros (SBA) estima que os bancos detêm até CHF200 bilhões pertencentes a todos os clientes russos, a maioria dos quais não está sujeita a sanções.
A ONG Public Eye vem pesquisando há anos as ligações entre o centro financeiro suíço e os russos ricos. “Quase cinco meses desde o início da guerra, ainda falta vontade política e esforços ativos para rastrear os bens das pessoas sancionadas”, disse o porta-voz Oliver Classen ao jornal Tages-Anzeiger na sexta-feira.
A ONG continua a pedir uma força-tarefa nacional, um registro dos proprietários benéficos das empresas de fachada e uma obrigação de declaração para os advogados.
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Suíça faz o suficiente para congelar ativos da Rússia?
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