Petições suíças exigem sanções contra o Irã
Cerca de 25.000 suíços apelaram para o governo para impor sanções contra o governo iraniano. A organização Free Iran Switzerland apresentou duas petições à chancelaria federal em Berna na terça-feira como um sinal de solidariedade com o povo iraniano.
A organização exigiu que a Suíça seguisse as sanções impostas pela União Europeia e pela América do Norte. Os membros do governo iraniano não deveriam mais ser autorizados a entrar na Suíça e seus fundos deveriam ser congelados. Além disso, a Guarda Revolucionária e a milícia Basij deveriam ser classificadas como organizações terroristas e todos os oponentes deveriam ser protegidos contra a expulsão.
“Quando os direitos humanos fundamentais são pisoteados, a Suíça deve tomar o lado dos oprimidos”, disse o parlamentar Fabian Molina.
Os protestos em andamento no Irã foram provocados pela morte de uma jovem curda, Mahsa Amini, em setembro, sob a custódia da polícia moral. Ela foi presa por supostamente desrespeitar o rigoroso código de vestuário feminino do Irã.
Os protestos assumiram um aspecto mais amplo dos direitos da mulher e da oposição ao regime islâmico. Eles são vistos como um dos maiores desafios para os governantes clericais do Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.
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O Irã e a Suíça: uma relação especial
Reação suíça
O Ministério das Relações Exteriores está ciente da resposta brutal do regime iraniano, dizem os autores do comunicado à imprensa – ele aconselha contra viagens ao Irã – mas o governo suíço não está agindo de acordo, eles criticam.
A Suíça neutra já adotou algumas sanções da ONU e da UE contra o Irã impostas sobre as atividades nucleares do país e as violações dos direitos humanos.
Sob medidas existentes, a Suíça proibiu a exportação de armas, bens nucleares e equipamentos de vigilância, e também congelou os ativos financeiros de alguns iranianos ligados ao governo e ao Corpo de Guardas Revolucionários Iranianos.
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