Regras restritivas de imigração para a Suíça causaram mais vítimas
Pesquisas históricas mostram que o número de filhos de trabalhadores migrantes que tiveram que viver escondidos na Suíça entre 1949 e 1975 é muito maior do que o estimado anteriormente.
De acordo com um estudo de Toni Ricciardi, da Universidade de Genebra, o jornal NZZ am Sonntag diz que até 50.000 crianças – cerca de quatro vezes mais do que o suposto – viviam em condições desumanas.
No total, o número de crianças afetadas pelas regras restritivas de imigração – pois tiveram que ficar com os avós ou outros parentes no país de origem, particularmente na Itália, Espanha e Portugal – chega a 500.000, disse Ricciardi.
Os resultados são parte de um amplo projeto de pesquisa sobre políticas de bem-estar e coerçãoLink externo na Suíça.
A nova estimativa é baseada em estatísticas oficiais sobre imigração, taxas de natalidade e outros dados.
Não há estatísticas oficiais sobre as crianças migrantes que viviam ilegalmente na Suíça porque os arquivos mantidos pelas autoridades foram frequentemente destruídos, de acordo com a reportagem do jornal.
Segundo as regras para os trabalhadores sazonais em vigor entre 1934 e 2002, os trabalhadores migrantes na Suíça não tinham permissão para trazer consigo suas famílias.
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