Suíça considera adotar sanções da UE contra Irã
A Suíça está considerando a possibilidade de adotar as sanções reforçadas da União Europeia contra o Irã após a repressão de Teerã contra manifestantes ultrajados pela morte sob custódia policial de Mahsa Amini, de 22 anos.
O Ministério da Economia disse ter notado que a UE havia acrescentado 11 iranianos e quatro instituições, incluindo o chefe da polícia moral do Irã, a uma lista de proibição de viagens e congelamento de bens por seu papel na repressão aos protestos após a morte de Amini.
“O ministério está atualmente revendo outros passos”, disse à agência de notícias Reuters em um comunicado.
Alguns ministros das relações exteriores da União Européia na segunda-feira também pediram novas sanções contra o Irã se for comprovado o envolvimento de Teerã na guerra da Rússia contra a Ucrânia, um movimento que também será seguido de perto na Suíça, disse o governo.
Nenhum prazo foi dado antes que a Suíça tome sua decisão, com o Ministério da Economia dizendo que iria examinar as sanções da UE.
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Sanções existentes
Mahsa Amini morreu no mês passado enquanto estava sob a custódia da polícia moral da República Islâmica que a deteve por “traje inapropriado”, provocando protestos em todo o país, durante os quais as mulheres removeram e queimaram lenços de cabeça.
Os protestos desencadeados pela morte de Amini se tornaram um dos desafios mais ousados para a República Islâmica desde a revolução de 1979, embora a agitação não pareça estar próxima de derrubar o sistema.
A neutra Suíça já adotou algumas sanções da ONU e da UE contra o Irã impostas sobre as atividades nucleares do país e as violações dos direitos humanos.
Sob medidas existentes, a Suíça proibiu a exportação de armas, material nuclear e equipamentos de vigilância, e também congelou os ativos financeiros de alguns iranianos ligados ao governo e ao Corpo de Guardas Revolucionários Iranianos.
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