Suíços se preparam para confronto histórico com a Sérvia

Antes da partida de sexta-feira contra a Sérvia na Copa do Mundo no Catar, os jogadores suíços estão minimizando as tensões políticas do encontro anterior das duas seleções.
Há quatro anos, na Copa do Mundo na Rússia, o capitão suíço Granit Xhaka celebrou seu gol contra a Sérvia fazendo com as mãos uma águia de cabeça dupla, considerada um símbolo nacionalista albanês.
Xherdan Shaqiri acrescentou outro gol no último minuto do jogo, e fez a mesma coisa com suas mãos para comemorar a vitória por 2×1.
Xhaka e Shaqiri têm ambos herança étnica albanesa e laços familiares com o Kosovo. Eles eram adolescentes que cresceram na Suíça quando o Kosovo declarou independência da Sérvia, algo que os sérvios ainda não reconhecem 14 anos depois.
Ambos os jogadores foram multados pela FIFA, a entidade máxima do futebol mundial com sede em Zurique, durante o torneio, e o governo da Albânia abriu uma conta bancária para que as pessoas contribuíssem para o pagamento das multas de CHF10.000 (US$10.500).

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Na sexta-feira, apenas uma das duas equipes poderá avançar para as oitavas. Um empate deve ser suficiente para a Suíça, e Shaqiri deve estar disponível para jogar depois de ficar de fora da partida contra o Brasil por causa de uma lesão muscular.
Xhaka, agora com 30 anos e um líder maduro para seu país, pôs de lado a partida controversa de quatro anos atrás.
“[Não há] nada na história por trás destes dois jogos”, disse o meio-campista do Arsenal de Londres. “Nós somos a Suíça, eles são a Sérvia, é isso. Nós estamos aqui para jogar futebol – assim como eles”.
Caso disciplinar
Ainda assim, a delegação sérvia na Copa do Mundo deste ano já tornou a política do Kosovo um problema.
O vestiário da Sérvia antes de seu jogo de abertura contra o Brasil exibia uma bandeira nacional com território que incluía Kosovo e o slogan “No Surrender”. A FIFA abriu um processo disciplinar contra a federação sérvia de futebol no sábado.
A federação de futebol do Kosovo reclamou formalmente à FIFA após circular uma fotografia e o ministro dos esportes do país, Hajrulla Ceku, descreveu a imagem como usando a Copa do Mundo para promover “mensagens odiosas, xenófobas e genocidas”.
“Claro, a história é a história”, disse o goleiro suíço Yann Sommer, que também jogou contra a Sérvia há quatro anos em Kaliningrado. “Mas neste momento, o jogo é que será importante. Nós já conhecemos esse jogo”.

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