Terrorista jihadista condenado a 20 anos por assassinato

A impressão de um artista sobre o suspeito turco-suíço no julgamento do Tribunal Penal Federal em Bellinzona, cantão Ticino, em 12 de dezembro de 2022. © Ti-press

O Tribunal Penal Federal condenou a 20 anos de prisão um cidadão turco-suíço que apunhalou um português até a morte na cidade de Morges, na Suíça de língua francesa, em setembro de 2020.

O réu de 29 anos de idade apoiador do grupo terrorista Estado Islâmico foi considerado culpado de assassinato, lesões corporais, tentativa de incêndio, emissão de ameaças, propaganda pró Estado Islâmico e violação das leis antidrogas.

Durante três dias de audiências em dezembro, ele explicou de forma confusa e contraditória que seus atos foram motivados pelo fascínio pelo grupo terrorista islamita radical. Os especialistas em psiquiatria concluíram que sua responsabilidade foi diminuída por causa da esquizofrenia.

No entanto, o promotor pediu em argumentos finais uma pena de 18 anos. A sentença de 20 anos proferida pelo tribunal é o máximo para assassinato na Suíça. Disto são deduzidos os 1.307 dias que o homem já passou em detenção.

O ataque fatal ocorreu em 12 de setembro de 2020 em um restaurante kebab perto da estação de trem de Morges. A vítima aparentemente aleatória, que morreu no local, vivia na área e trabalhava em uma empresa de transporte. Ele estava com sua namorada quando o assassino terrorista veio até eles com uma faca. Após uma noite de fuga, o criminoso foi preso no dia seguinte pela polícia cantonal.

Os promotores suíços disseram que o esfaqueamento de Morges fazia parte de um ataque planejado “motivado pelo Jihad com o objetivo de exigir vingança para as vítimas da guerra entre os Estados da coalizão e o grupo terrorista Estado islâmico”.