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Várias cidades e cantões suíços pegaram dinheiro emprestado da FIFA

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Os casos vieram à luz por causa de acusações de corrupção e questões de direitos humanos em torno da recente Copa do Mundo no Catar. © Keystone / Gaetan Bally

As cidades de Genebra e Lausanne e o cantão de Neuchâtel são as mais recentes autoridades públicas que, de acordo com a rádio pública suíça, RTS, contraíram empréstimos com a organização sediada em Zurique.

Em 2022 os montantes chegaram a CHF40 milhões ($43,46 milhões) para Lausanne, CHF100 milhões para Neuchâtel e CHF150 milhões para Genebra – uma parte “marginal” do total de empréstimos do organismo futebolístico, disse a RTS na segunda-feira.

A reportagem vem depois que os jornais do grupo Tamedia revelaram no início de janeiro que a cidade de Berna havia pedido emprestado CHF1,8 bilhão à FIFA, a entidade máxima do futebol mundial, nos últimos seis anos. As cidades de Winterthur e Frauenfeld também pegaram dinheiro emprestado da FIFA, noticiou também a rádio pública suíça, SRF.

Os empréstimos são feitos através de uma plataforma financeira online, Loanboox, que coloca os mutuários (autoridades públicas ou empresas) diretamente em contato com financiadores como bancos, companhias de seguros, fundos de pensão e também entidades privadas. Nenhum intermediário está envolvido.

Empréstimo ético

Embora não haja indícios de que os empréstimos sejam ilegais, eles atraíram a atenção da mídia devido aos vários processos criminais – inclusive na Suíça – e escândalos ligados à FIFA nos últimos anos.

As notícias sobre Berna levaram alguns políticos locais a apresentar uma moção na Câmara Municipal pedindo a introdução de novas regras de empréstimos éticos, que as autoridades da cidade estão avaliando.

Na segunda-feira, porém, o secretário das finanças de Neuchâtel disse que a crítica estava “bastante mal fundamentada”.

“A FIFA não é proibida na Suíça, não é uma organização de criminosos”, disse Laurent Kurth. “E outros financiadores também enfrentaram críticas no passado, principalmente certos bancos […] Além disso, quando levantamos fundos através da emissão de títulos – o que ninguém critica – na realidade não sabemos quem está nos emprestando o dinheiro”.

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