A Suíça continua fora do top 10 em termos de liberdade de imprensa

A classificação é publicada pela Repórteres Sem Fronteiras todos os anos em 3 de maio, coincidindo com o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. © Keystone / Gaetan Bally

O país ficou em 12º lugar em uma pesquisa anual sobre liberdade de imprensa, progredindo ligeiramente em relação à pontuação do ano passado, mas ainda não voltou à sua posição de antes da Covid-19.

A progressão da Suíça do 14º para o 12º lugar deveu-se em grande parte ao fim da pandemia, disse o grupo Repórteres Sem FronteirasLink externo na quarta-feira. Mais especificamente, isso significou o fim de “um clima sem precedentes de intimidação, hostilidade e até mesmo violência física por parte dos oponentes às medidas pandêmicas”, que havia empurrado a pontuação suíça para baixo em 2022.

Com isso, a Suíça ainda é considerada apenas “satisfatória” quando se trata de liberdade de imprensa e não conseguiu recuperar o top 10, por vários motivos.

Em primeiro lugar, uma lei aprovada pelo parlamento em 2022 tornou mais fácil para as pessoas ou empresas entrarem com liminares para impedir uma publicação futura na imprensa se acharem que isso as afetará; antes, elas precisavam provar que tal artigo lhes causaria danos consideráveis.

Além disso, os jornalistas suíços correm o risco de pegar uma pena de prisão de até três anos se informarem sobre o uso de dados bancários vazados ou roubados, mesmo que sejam verificados e de interesse público.

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A situação econômica de muitos meios de comunicação suíços também continua instável, disse Repórteres sem Fronteiras. Isso pode ter um impacto negativo sobre a diversidade da mídia e a diversidade de opiniões. A organização mencionou especificamente a rejeição pelos eleitores suíços, no ano passado, de um pacote proposto de ajuda estatal para a mídia impressa e online.

Noruega, Irlanda e Dinamarca lideraram a classificação em 2023; Vietnã, China e Coreia do Norte a mantiveram. No geral, a liberdade de imprensa é considerada “boa” ou “satisfatória” em 52 países. Ela é considerada “difícil” em 42, “muito grave” em 31 e “problemática” em 55.