Conferência suíça destaca uma Ucrânia descentralizada e democrática
Os participantes da conferência internacional na Suíça sobre a reconstrução da Ucrânia concordaram com os princípios das reformas.
O jornal NZZ am Sonntag noticiou que a prevista declaração final da Conferência de Recuperação da UcrâniaLink externo na cidade de Lugano, garantiria à Ucrânia o papel de liderança na reconstrução e o país se comprometeria a continuar a lutar contra a corrupção.
O jornal também disse que a declaração a ser adotada na terça-feira destacaria a importância da participação democrática, maior descentralização, bem como dos direitos humanos e igualdade de gênero.
A vice-presidente do Banco Mundial, Anna Bjerde, é citada como tendo dito que o acordo sobre os princípios é crucial para o sucesso de um complexo processo de reconstrução com um grande número de interessados internacionais e privados envolvidos, de acordo com a NZZ am Sonntag.
Espera-se que o Banco Mundial seja um participante-chave da reunião de Lugano de dois dias, que começa nesta segunda-feira com representantes de 40 países e 18 organizações internacionais.
Imagem da Suíça
Outros convidados de destaque incluem Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deve se dirigir à conferência em uma videochamada.
Nicolas Bideau, diretor da unidade do Ministério das Relações Exteriores da Suíça encarregada de promover a imagem da Suíça no exterior, saudou a conferência em Lugano como uma oportunidade para aumentar ainda mais a reputação do país.
“Nós transmitimos a imagem de um país que é capaz de agir com visão”, disse Bideau no jornal Le Matin Dimanche.
É uma oportunidade para explicar a política externa da Suíça, sua neutralidade e regime de sanções, disse o diretor da Presença Suíça.
Relações com a UE
O jornal SonntagsZeitung diz que o presidente suíço Ignazio Cassis se encontrará com von der Leyen à margem da conferência de Lugano.
O Ministério das Relações Exteriores suíço confirmou a reunião planejada, mas se recusou a dar mais detalhes.
Os observadores dizem que as conversações provavelmente se concentrarão em maneiras de desbloquear as relações tensas entre a Suíça e o bloco de 27 nações, após a recusa do governo suíço no ano passado de chegar a um acordo para a consolidação dos laços bilaterais com a União Europeia.
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