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Eleições federais: como preencher a cédula eleitoral

Salle du Conseil national entièrement vide
O objetivo das eleições federais é alocar cada uma das 200 cadeiras do Conselho Nacional (a Câmara dos Deputados na Suíça). Keystone / Eq Images / Monika Flückiger

Em 22 de outubro de 2023, suíços e suíças elegerão o novo Parlamento federal. E como proceder para votar? Muitos eleitores recorrem às listas pré-impressas em sua forma original. Porém é possível personalizar a escolha, alterando ou misturando candidatos.

Vamos descomplicar o processo. No entanto, é importante atentar a algumas nuances, sobretudo porque as eleições federais ocorrem apenas a cada quatro anos.

Listas pré-impressas

Ao votar, o eleitor recebe várias listas pré-impressas e uma lista em branco. O número destas listas depende dos partidos que se candidatam ao Conselho Nacional (Câmara dos Deputados) no respectivo cantão (estado).

Cada lista tem um cabeçalho indicando o partido que a apresenta e um número específico para evitar confusões. Em seguida, o eleitor encontra várias linhas correspondentes ao número de assentos do seu cantão no Conselho Nacional, com base na população. Por exemplo, a lista pode ter 36 linhas para eleitores do cantão de Zurique, 19 para Vaud, 4 para Neuchâtel e 2 para Jura.

Conteúdo externo

Nessas listas, o nome de cada candidato está associado a uma linha. Frequentemente, o número de nomes corresponde ao número de linhas, mas há exceções. Um partido pequeno pode não ter candidatos suficientes para preencher as 36 linhas de um boletim de Zurique, deixando algumas em branco.

Ao depositar um boletim pré-impresso sem alterações na urna, o partido no cabeçalho recebe todos os votos – um por linha. Cada candidato listado recebe um voto nominal. Na apuração, o número de votos define quantos assentos o partido conquista. Os assentos são destinados aos candidatos com o maior número de votos nominais.

Personalizando a escolha

A entrega de uma lista pré-impressa sem modificações é a forma mais simples de votar. Contudo, o sistema eleitoral suíço permite que o eleitor personalize sua escolha.

Se desejar excluir um candidato da lista, o eleitor pode simplesmente riscarLink externo (“biffer”, em francês) seu nome. Esse candidato não receberá votos, mas o partido da lista ainda será beneficiado.

Caso queira favorecer um candidato, é possível lhe atribuir até dois votos nominais, repetindo seu nome numa linha vazia ou substituída. Isso é chamado de “acumulaçãoLink externo” (“cumul”).

Adicionalmente, o eleitor pode acrescentar nomes de candidatos de outras listas, uma prática conhecida como “composiçãoLink externo” (“panachage”).

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persona osserva un grafico con seggi parlamento

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Como funciona o Parlamento suíço?

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O eleitor também tem a opção de preencher uma lista em branco. O importante é inserir pelo menos um nome. Se o cabeçalho tiver um partido e seu número, linhas em branco serão contabilizadas para ele. Caso contrário, essas linhas são descartadas.

Riscos de invalidar o voto

É fundamental seguir certos critérios. Senão o voto pode ser considerado inválido. Primeiramente, deve-se usar o material de voto oficial e realizar alterações manualmente. Marcações ofensivas ou identificáveis invalidam o voto.

Além disso, é necessário selar o envelope contendo o material de voto ao enviá-lo às autoridades. Na região francófona da Suíça, somente Genebra e Friburgo isentam o eleitor da tarifa postal. Em outros locais, a ausência de selo pode invalidar o voto, como no cantão do Valais.

E quanto ao Conselho dos Estados?

No dia 22 de outubro, os membros do Conselho dos Estados – o Senado suíço – também serão eleitos. Enquanto as eleições para o Conselho Nacional seguem regras consistentes em todo o país, as do Conselho dos Estados variam conforme o direito cantonal, podendo apresentar pequenas diferenças. Contudo, em geral, os procedimentos se assemelham aos do Conselho Nacional.

Adaptação: Alexander Thoele

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