Mais uma proposta de sufrágio juvenil rejeitada nas urnas

Os esforços para introduzir o sufrágio juvenil sofreram outro revés no domingo, mas os defensores não vão desistir. (Foto de arquivo) © Keystone/Peter Klaunzer

Os eleitores do cantão de Berna deram pouca importância a uma proposta que visava baixar a idade legal de voto para 16 anos.

É a última de uma série de contratempos para os defensores do sufrágio juvenil na Suíça. Mais da metade dos 26 cantões do país rejeitaram propostas semelhantes durante a última década.

Pouco mais de 67% dos eleitores rejeitaram a proposta do parlamento cantonal de Berna, de acordo com os resultados finais oficiais no domingo.

Os opositores, especialmente o Partido Popular Suíço de direita, haviam argumentado que a idade legal e o direito de voto não deveriam ser diferentes.

Todos os outros principais partidos tinham se manifestado a favor da extensão do direito de voto a cidadãos suíços de 16 e 17 anos de idade sobre questões cantonais, dizendo que era do interesse da democracia.

Até agora, somente o cantão de Glarus, com sua assembleia ao ar livre, introduziu o sufrágio juvenil na Suíça.

Nível nacional

Apesar da derrota nas urnas cantonais, ainda estão em andamento movimentos para promover o sufrágio juvenil a nível nacional.

Um comitê parlamentar está preparando um rascunho de proposta para ser discutido posteriormente.

Esforços semelhantes estão sendo feitos em pelo menos oito cantões, inclusive em Lucerna, seja nos parlamentos ou com iniciativas populares.

Os defensores também anunciaram planos separados para lançar uma iniciativa popular até 2024, a fim de pressionar por uma maior inclusão na democracia direta da Suíça. Seu projeto de proposta se concentra no sufrágio dos jovens, no direito de voto para estrangeiros e na coleta de assinaturas digitais.