A reação desta vez foi muito rápida. Ao anúncio de que Hosni Mouborak deixava o poder no Egito, o governo federal decidia bloquear contas de Moubarak e seus próximos na Suíça.
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swissinfo.ch com agências
O decreto divulgado nesta sexta-feira (11) solicita aos bancos procurar e bloquear contas do clã Moubarak.
Questionada em Madri, onde se encontra em visita oficial, a presidente da Suíça e ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, precisou que o decreto foi publicado por volta das 17:30 desta sexta-feira, ou seja, meia hora depois do anúncio da renúncia de Hosni Moubarak.
Segundo várias fontes, Hosni Moubarak e sua família teriam depositado no estrangeiro, inclusive na Suíça, dezenas de bilhões de francos.
Quarta-feira (9/02), a organização não governamental “Direito Para Todos”, sediada em Genebra, já havia solicitado ao governo federal suíço de bloquear imediatamente as contas d Moubarak, quando ele ainda ocupava o cargo. Falando da situação no Egito, Micheline Calmy-Rey mostrou-se prudente, declarando que é preciso ver “como as coisas vão ocorrer”.
O poder foi transferido nesta sexta-feira a conselho das Forças Armadas composto de cerca de 20 generais, disse a presidente. “Por enquanto não temos mais detalhes”, disse Calmy-Rey.
O embaixador da Suíça no Cairo falou “euforia de uma Copa do Mundo multiplicada por dez”, revelou a presidente e ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey.
O congelamento dos bens visa evitar as chances de evasão de eventuais fundos estatais, incluindo contas bancárias e imóveis.
As contas do ex-presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, deposto no mês passado, também foram bloqueadas na Suíça.
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