Suíça defende posição em relação às sanções russas
A Suíça faz um "esforço extraordinário" para impor sanções contra oligarcas e entidades russas, de acordo com a responsável da coordenação das medidas.
O país alpino tem sido criticado por agir com lerdeza no congelamento de bens russos, apesar de adotar dez pacotes de sanções da União Europeia.
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O embaixador dos Estados Unidos em Berna acredita que os CHF7,5 bilhões (US$ 8,3 bilhões) congelados até agora poderiam ser aumentados para CHF50-100 bilhões.
Mas Helene Budliger-Artieda, chefe da Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos (Seco), argumenta que a contribuição da Suíça se compara bem com os 21,5 bilhões de francos suíços (CHF21,2 bilhões) congelados em toda a UE.
Falando ao jornal Neue Zürcher Zeitung, Budliger-Artieda disse que nenhum país, incluindo os EUA, forneceu à Suíça informações detalhadas que justificassem um maior congelamento de bens.
“Por que a Suíça deveria realizar um trabalho descuidado”, disse ela na entrevista de segunda-feira.
Budliger-Artieda também defendeu o histórico da Suíça de aplicação de sanções, que incluem proibições à exportação de vários bens.
No fim de semana, verificou-se que apenas dois dos 126 carregamentos russos suspeitos relatados pela alfândega suíça sofreram sanções. Mas a Budliger-Artieda insistiu que a Seco investigou diligentemente as denúncias de sanções – prisão.
Ela acrescentou que a Seco deve se ater cuidadosamente ao seu mandato, dada a variedade de opiniões sobre sanções no parlamento.
“A Suíça está dividida em questões fundamentais como a implementação de sanções, neutralidade, sustentabilidade e o relacionamento com a UE”, disse Budliger-Artieda.
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