TV pública suíça examina novos casos internos de assédio sexual
A Sociedade Suíça de Televisão e Radiodifusão (SRG/SSR, empresa-mãe da swissinfo.ch) lançou uma investigação independente sobre assédio sexual na emissora pública suíça de língua francesa, RTS, na sequência de casos relatados na mídia. A emissora pública de língua italiana também abriu um inquérito separado para denúncias.
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Keystone-SDA/ts
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Swiss public broadcaster examines more cases of sexual harassment
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Em 25 de novembro, o braço da televisão pública suíça de língua italiana, RSI, anunciou que havia iniciado uma investigação por um órgão externo sobre queixas de bullying, assédio sexual e invasão de privacidade. Até essa data, o sindicato dos funcionários da mídia SSM no cantão do Ticino havia recebido 32 reclamações de funcionários da RSI.
A notícia vem na esteira de uma investigação anterior sobre a RTS anunciada em 4 de novembro pela diretoria da SRG/SSR. O objetivo dessa investigação é estabelecer a cadeia de responsabilidade na RTS para casos de assédio sexual. Dois executivos da RTS acusados foram suspensos.
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Referindo-se às suspensões, a diretoria da RTS disse ter tomado essas “medidas concretas e imediatas” após reunir-se com um representante do Sindicato Suíço dos Trabalhadores de Mídia, que exigiu ação imediata contra o assédio sexual e o bullying.
A direção da RTS escreveu aos funcionários, dizendo que estava ciente de que muitas pessoas não haviam sido ouvidas e que lamentava profundamente este fato.
A SRG/SSR condenou o assédio “nos termos mais fortes” e lamentou que os funcionários da empresa tivessem sido submetidos a tal comportamento, segundo uma declaraçãoLink externo de 4 de novembro.
A diretoria também adotou providências para melhorar o sistema de denúncia de casos de assédio. A investigação independente visa avaliar e melhorar as ferramentas existentes disponíveis para os funcionários em toda a empresa para tais casos.
A estrela cai em desgraça
Em 31 de outubro, o jornal suíço de língua francesa Le Temps revelou, citando fontes anônimas, que há anos havia perseguição e assédio sexual na RTS. Três funcionários foram acusados, incluindo o ex-apresentador de televisão, estrela da casa, Darius Rochebin. Ele negou as acusações.
A direção e os gerentes de pessoal da RTS tinham feito vista grossa, informou o jornal.
“Cometemos um erro”, disse o diretor geral da SRG/SSR, Gilles Marchand, em uma entrevista ao Le TempsLink externo. Marchand, que era diretor da RTS quando um executivo foi acusado de assédio sexual em 2014, admitiu que a investigação não tinha sido suficientemente abrangente.
swissinfo.ch/ets
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