Quais seriam as consequências de um acidente nuclear na Suíça? Uma nuvem radioativa provocaria centenas ou milhares de vítimas segundo condições climáticas ou geográficas determinantes. Pesquisadores apresentam diferentes cenários em uma hipotética catástrofe.
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Não contente de cuidar da própria vida, Susan estudou jornalismo em Boston (EUA) para ter a desculpa perfeita para se colocar no lugar e no mundo de outras pessoas. Quando não escreve, apresenta e produz podcasts e vídeos.
O estudo foi realizado por Frédéric-Paul Piguet, do BiosphèreLink externo, um instituto de pesquisa interdisciplinar localizado em Genebra. O pesquisador e sua equipe examinaram o risco de acidentes nas cinco usinas nucleares da Suíça, dentre elas a Beznau, que já opera há 50 anos, sendo, portanto, o mais antigo reator nuclear em operação no mundo.
O clip abaixo é uma simulação do que ocorreria se a Usina Nuclear de Gösgen, localizada entre as cidades de Berna e Zurique, sofresse uma explosão e um incêndio, lançando grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera sob as condições climáticas de 19 de janeiro de 2017.
Ao estender os dados climáticos de todo o ano de 2017, os pesquisadores chegaram à conclusão que um acidente em algumas das usinas nucleares do país afetaria entre 16 a 24 milhões de pessoas. Os cálculos mostram que delas, entre 12.500 a 31.100 morreriam devido a câncer ou problemas cardíacos causados pela radiação. Além disso, haveria problemas de saúde adicionais, incluindo doenças genéticas e esterilidade.
Precipitações pluviométricas fariam dobrar o número de doenças graves relacionadas à radiação. Só em 2017 foram registrados 36 dias de “mau tempo”. O estudo foi apresentado durante uma coletiva de imprensa realizada em Berna, na terça-feira (21.05).
Possibilidade remota
A Associação de Operadores de Usinas Nucleares da Suíça (SwissnuclearLink externo) prometeu examinar o estudo nos próximos dias. Porém relativizam os riscos, no comunicado enviado à imprensa. “As usinas nucleares suíças foram projetadas, construídas e regularmente reequipadas para poder enfrentar acidentes graves”, explicou o porta-voz.
Segundo a Swissnuclear, as simulações mostram cenários “extremamente improváveis de ocorrer devido a múltiplos e independentes sistemas de segurança”. Todas as centrais nucleares são supervisionadas pela Autoridade Federal de Segurança Nuclear (ENSILink externo, na sigla em alemão).
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