Novo Instituto Polar Suíço vai explorar a Antártida
Com o lançamento do Instituto Polar Suíço (Swiss Polar Institute - SPI), a Suíça agora tem uma voz na política polar mundial. Seu primeiro projeto é uma expedição à Antártida de três meses, envolvendo pesquisadores de todo o mundo.
Este conteúdo foi publicado em
2 minutos
Não contente de cuidar da própria vida, Susan estudou jornalismo em Boston (EUA) para ter a desculpa perfeita para se colocar no lugar e no mundo de outras pessoas. Quando não escreve, apresenta e produz podcasts e vídeos.
“Os polos são provavelmente as regiões mais vulneráveis quando se trata de mudanças climáticas antropogênicas, o que vem acontecendo na nossa cara no Ártico, e um pouco menos na Antártida”, disse Thomas Stocker, climatologista da Universidade de Berna, no lançamento do SPI na segunda-feira (18).
Baseado Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), o SPI é um consórcio entre a EPFL, a Universidade de Berna, o Instituto Federal de Tecnologia ETH Zurich e o Instituto Federal Suíço de Pesquisas sobre Floresta, Neve e Paisagem. Foi fundado junto com a editora Editions Paulsen. O SPI tem o apoio oficial da Secretaria de Estado da Suíça para a Educação, Pesquisa e Inovação.
Circum-navegação
Para marcar o lançamento, o SPI está organizando um grande projeto: uma expedição de circum-navegação da Antártida (Antarctic Circumnavigation Expedition – ACE). Com um orçamento de 3 milhões de euros (CHF3.3 milhões), o projeto de três meses será a primeira expedição científica a navegar plenamente todo o continente austral.
A expedição terá início na Cidade do Cabo, na África do Sul, em dezembro de 2016, e fará várias paradas em seu caminho antes de retornar à cidade.
O navio russo Akademik Treshnikov vai acolher 55 pesquisadores de 30 países e fazer paradas em terras pertencentes à Austrália, Grã-Bretanha, Chile, França, Noruega e África do Sul – além do Glaciar Mertz.
Dos 22 projetos de pesquisa realizados a bordo, quatro são suíços e outros nove envolvem parceiros suíços. Os projetos vão abordar temas como glaciologia, climatologia, biologia e oceanografia.
O financiamento do projeto ACE será dividido entre o grupo Ferring Pharmaceuticals, o SPI e a EPFL.
“O SPI irá ajudar a pesquisa em ambientes extremos e contribuir para o progresso no campo da ciência polar”, disse Frederik Paulsen, presidente da Ferring e explorador polar. “Estamos muito satisfeitos em apoiá-lo.”
Adaptação: Fernando Hirschy
Mais lidos
Mostrar mais
Política exterior
Homens ucranianos enfrentam dilemas diários na Suíça
Como evitar que a inteligência artificial seja monopolizada?
Como evitar o monopólio da IA? Com o potencial de resolver grandes problemas globais, há risco de países ricos e gigantes da tecnologia concentrarem esses benefícios. Democratizar o acesso é possível?
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
Consulte Mais informação
Mostrar mais
O radar que vai além das calotas polares
Este conteúdo foi publicado em
A descoberta interessa geólogos e climatologistas que tentam medir os efeitos do aquecimento global nas regiões da Terra cobertas de gelo, mas também astrônomos, de olho nas calotas de gelo da Lua ou de Marte. Acopladas a um avião, antenas de alta precisão projetadas pela Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) conseguem analisar com precisão…
Este conteúdo foi publicado em
Ao cruzar sozinho o Ártico como lidar com encontros inesperados com ursos polares? O aventureiro suíço Thomas Ulrich explica a sua estratégia. (Carlo Pisani, swissinfo.ch/visualimpact.ch)
Este conteúdo foi publicado em
Para Thomas Stocker, coordenador do grupo de trabalho 1, responsável pelos fundamentos científicos do quinto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a luta contra as mudanças climáticas ainda não está perdida, mas a cada ano que passa, no qual nenhuma redução das emissões é atingida, ela se…
Este conteúdo foi publicado em
Painéis didáticos, filmes, descobertas e reconstruções permitem ao visitante percorrer a história de nosso planeta, do caos inicial às últimas glaciações. É difícil acreditar que faz apenas 20 mil anos a Suíça – e o resto do continente europeu – estivesse coberta de uma camada de gelo espesso de quase um quilômetro. É ainda mais…
Este conteúdo foi publicado em
Ao mesmo tempo, a Comissão Suíça de Pesquisa Polar (CSP), que comemora 20 anos, vê seus trabalhos no Antártico serem reconhecidos internacionalmente. «Já estava na hora”, afima Christian Schlüchter, geólogo que representava a Suíça no Comitê Científico de Pesquisa no Antártico (SCAR). “Esse estatuto de membro integrante é um grande passo”, acrescenta, “porque agora os…
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.