O avião suíço Solar Impulse 2 (Si2) encontrou uma janela de voo para sua viagem do Havaí para a Califórnia e decola nesta quinta, 21 de abril.
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Não contente de cuidar da própria vida, Susan estudou jornalismo em Boston (EUA) para ter a desculpa perfeita para se colocar no lugar e no mundo de outras pessoas. Quando não escreve, apresenta e produz podcasts e vídeos.
Desta vez, o piloto é o iniciador do projeto, Bertrand Piccard. Seu colega André Borschberg fez o trajeto entre o Japão e o Havaí em julho passado – um voo que bateu o recorde de duração no ar para um avião solar, levando quase cinco dias e noites.
swissinfo.ch perguntou à equipe Solar Impulse quais são os maiores desafios da nona etapa do voo ao redor do mundo do avião Si2, que decola hoje do aeroporto de Kalaeloa por volta das 17 horas, no horário de Berna, em direção ao aeroporto Moffett Airfield, em Mountain View, perto de San Francisco.
swissinfo.ch: O que diferencia esta etapa da anterior?
Alexandra Gindroz, porta-voz Solar Impulse: O tempo de voo da segunda parte da travessia do Pacífico será de cerca de quatro dias e quatro noites no total. Essencialmente, a segunda parte da travessia do Pacífico terá os mesmos desafios que a primeira, desafios físicos e técnicos para o piloto e a equipe antes, durante e após o voo.
swissinfo.ch: Será que a distância mais curta significa uma viagem mais fácil?
Alexandra Gindroz: Não. A distância mais curta não diminui os desafios técnicos e humanos fundamentais para o piloto e a equipe. Não é permitido dormir enquanto o avião sobrevoa áreas povoadas, mas sobre os oceanos e áreas despovoadas, o sono está planejado na forma de cochilos de até 20 minutos, por volta de uma a 12 vezes por dia.
swissinfo.ch: Quais são os desafios desta vez?
André Borschberg: Há muitos: O primeiro desafio é a diferença de tempo de 12 horas entre nós no Havaí e o Centro de Controle de Missão, em Mônaco. Há sempre alguém que está de cabeça para baixo, o que significa que temos que trabalhar, seja bem tarde da noite ou bem cedo pela manhã.
O segundo desafio é que desta vez vamos começar com um longo trajeto sobre o oceano imediatamente. Isto significa que temos que estar prontos para reagir em qualquer lugar. Precisamos ser excelentes em tudo pela primeira vez. As reservas da bateria estarão fracas no fim da noite, por isso temos que escolher uma janela de tempo muito boa.
Bertrand Piccard: Será o meu voo mais longo com o Solar Impulse. Ele deve durar em torno de quatro dias e vou estar sozinho no cockpit. A pressão está sendo alta para mim, já que o André é o piloto profissional da nossa equipe e fez um voo perfeito na primeira parte da travessia do Pacífico. Eu tenho que estar no mesmo nível dele. Portanto, há muita pressão, incógnitas e pontos de interrogação, mas essa é a aventura e é por isso que estou muito ansioso em partir.
Adaptação: Fernando Hirschy
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O avião Solar Impulse 2 deve pousar no Havaí às 18 horas, no horário suíço. O aparelho movido a energia solar quebrou o recorde de mais longo voo solo na história durante o período de maior risco de sua volta do mundo: a viagem do Japão para o Havaí, a ilha dos Estados Unidos no Pacífico por um dos dois pilotos da equipe, André Borschberg.
Os organizadores da façanha admitiram que o piloto está exausto depois de quase quatro dias de voo contínuo e que as últimas 24 horas foram particularmente difíceis.
"@andreborschberg está cansado. Com turbulência a 8.000 pés (2,5 Km) e uma frente fria se aproximando, a situação é difícil", informou o Centro de Controle de Missão (MCC) da pioneira nave Solar Impulse 2 em sua última atualização no Twitter. Mas pouco depois um tweet vitorioso foi publicado por volta de 01h00 GMT (03h00 hora suíça, dizendo que o avião "havia atravessado com sucesso a segunda e última frente fria o separando do Havaí! Aplausos!"
Até agora, Borschberg voou mais de 94 horas, o que rompe facilmente o recorde anterior de voo solitário, estabelecido por Steve Fossett ao navegar 76 horas e 45 minutos em 2006. Espera-se que toda a viagem, do Japão ao Havaí, leve 120 horas.
O aviador suíço dorme só 20 minutos por vez para manter o controle da pioneira aeronave. Está equipado com um paraquedas e um bote, caso necessite se jogar no oceano.
O avião experimental alimentado com energia solar saiu do Japão às 15h de domingo. Originalmente viajaria da China para o Havaí, mas o mau tempo forçou um desvio para o Japão.
Borschberg viaja sozinho e depende inteiramente de si mesmo em uma cabine não pressurizada de 3,8 metros cúbicos. Nas ocasiões em que ele viajou a alturas de mais de 9.000 metros, teve que usar tanques de oxigênio para respirar.
O Solar Impulse 2 partiu de Abu Dhabi no início deste ano em uma tentativa de várias escalas para voar ao redor do mundo, com uma só carga de combustível.
A aeronave tem 17 mil células solares em suas asas e uma bateria recarregável que lhe permite voar à noite. Sua envergadura é maior do que a de um jato jumbo mas pesa apenas 2,3 toneladas, aproximadamente o mesmo que um carro.
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O avião Solar Impulse depende do tempo bom para dar a volta ao mundo. Todas as previsões são feitas por uma equipe de especialistas instados em Mônaco que trabalham para traçar a melhor rota. (RTS/swissinfo.ch)
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Ele tem a envergadura de um Boeing 747, o peso de um carro e a potência de uma lambreta. Solar ImpulseLink externo só voa se a meteorologia permite e seu único tripulante não pode ultrapassar 90 km/hora. Ou seja, as companhias aéreas que transportam mais de 5 bilhões de passageiros por ano com velocidade dez…
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