O estudo, conduzido por uma equipe de médicos do Biel Hospital Centre e publicado na segunda-feira, analisou fotos de vitrines de 68 farmácias selecionadas aleatoriamente na Suíça. A equipe descobriu que, dos 970 medicamentos examinados, apenas 418 (ou 43,1%) tinham eficácia comprovada.
Os dados sobre os 556 medicamentos restantes (ou 56,9%) são muito escassos para que se possa tirar conclusões confiáveis sobre sua eficácia.
Esses resultados podem ser explicados, em parte, pelo fato de que as farmácias não têm permissão para anunciar medicamentos prescritos, como antibióticos, em suas vitrines, observa o estudo publicado no British Medical Journal Open.
“A maioria deles são medicamentos homeopáticos que nunca se mostraram eficazes em nenhum estudo. Portanto, você pode beber litros deles e provavelmente não terá nem efeitos primários nem efeitos colaterais”, explicou o professor Daniel Genné, que dirigiu o estudo.
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Suíços consomem cada vez mais medicamentos
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Números divulgados pelo Departamento Federal de Estatísticas na quinta-feira (28) revelam um salto no consumo de medicamentos por cidadãos suíços nas últimas décadas. Em 1992, 38% da população consumia pelo menos um remédio por semana; em 2017, esse número passou para 50%. Os usuários são mais propensos a ser do sexo feminino (55% das mulheres…
Mas ele disse à emissora pública suíça RTS que essa proporção ainda é problemática. “Esses resultados ainda são surpreendentes, o que também pode ter consequências para os pacientes”, disse ele.
Embora os medicamentos em exposição não sejam perigosos para a saúde, Genné ressalta que eles são vendidos para pessoas com sintomas. “Pode ser apenas ansiedade, mas também pode ser uma doença grave para a qual é necessário um tratamento eficaz. Portanto, isso pode atrasar o diagnóstico.”
A equipe de Genné lamenta a presença de tantos medicamentos sem eficácia comprovada nas vitrines das lojas. Ao dar-lhes essa visibilidade, as farmácias estão indiretamente recomendando-os ao público, que está recorrendo cada vez mais à automedicação. Entretanto, alguns pacientes não sabem que os medicamentos sem prescrição médica podem interagir com outros medicamentos.
Portanto, os pesquisadores estão propondo a introdução de um rótulo em todos os medicamentos isentos de prescrição que indique seu nível de eficácia, “assim como os aparelhos elétricos foram classificados de A a F de acordo com seu nível de eficiência energética”. Isso permitiria que os pacientes tomassem decisões informadas sobre os medicamentos que escolhem comprar.
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