Levar o ouvinte da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI) à Lucerna, uma das “pérolas” do turismo suíço. Esse foi o objetivo do jornalista Gabriel Barbosa em 1977 ao produzir uma reportagem especial sobre essa localizada no centro da Suíça e famosa pela sua ponte de madeira. Escute aqui o áudio.
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Alexander Thoele é de origem alemã e brasileira e ingressou na swissinfo.ch em 2002. Nascido no Rio de Janeiro, concluiu seus estudos de jornalismo e informática em Brasília e Stuttgart.
O trecho musical que introduz a reportagem transmitida pelas ondas tropicais da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI) é um elogio de famosos autores (A. Dumas, R. Wagner, A. Schopenhauer) à espetacular beleza de Lucerna, ou “Luzern”, como é conhecida em alemão – e seus arredores.
A pequena cidade, à beira do Lago dos Quatro Cantões – surgida em torno de um convento, transformando-se em aldeia de pescadores, antes de se tornar um burgo – já era no final dos anos 1970 o principal polo turístico da Suíça.
Mas LucernaLink externo tem, de fato, muito a oferecer: um lago esplêndido, os Alpes vizinhos, célebres montes, como o PilatusLink externo e o RigiLink externo, e possibilidades de praticar montanhismo e alpinismo. A própria cidade rivaliza em beleza com qualquer cidade europeia. As possibilidades culturais e artísticas são também consideráveis.
A propaganda turística não deixa de explorar tudo isto, até porque Lucerna se encontra numa via histórica entre o norte e o sul da Europa. Seu desenvolvimento é tributário dessa situação de encruzilhada. Verdadeira porta dos Alpes, permite intercâmbio com a Itália, ao sul, Alemanha ao norte e França a oeste.
A linha do Gotardo e o túnel do mesmo nome transformam Lucerna em plataforma giratória – ou seja, uma ponte – do tráfego ferroviário Norte-Sul. Pela cidade passa também importante rodovia, amplamente utilizada pelos europeus do Norte, em busca do sul do continente.
Para quem visita à região, vale lembrar que a beleza de Lucerna só é realçada pelo bom tempo. Em dias carrancudos, é melhor visitar monumentos e museus interessantes: a Catedral, a Kappelbrücke – a ponte de madeira mais antiga da Europa, construída em 1333… Não se deve esquecer também a Mullenbrücke, de 1408. Essas duas pontes são cobertas e estão decoradas com pinturas triangulares que retratam a vida nos velhos tempos.
Merecem ainda visitas: a Wasserturm (torre da água), do séc. XIV; as muralhas que serviram para combater a dinastia dos Habsburgos e os protestantes na Contra-Reforma.
O lucernense é gentil, mas desconfia dos estrangeiros. Seu dialeto alemão é pouco acessível, mas o suíço, poliglota, fala com frequência o inglês, o italiano ou outros idiomas.
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As possibilidades de alojamento confortável são muitas, havendo hotéis luxuosos nessa cidade que dispõe de cinco mil camas. Passear pela velha e medieval Lucerna é apreciado pelos turistas em geral. Mas pode-se andar de barco no lago, mesmo à noite.
As facilidades de prática esportivas são variadas em todas as estações do ano. Uma boa pedida é uma visita ao Museu dos TransportesLink externo, o mais importante do mundo. Nele se podem avaliar o progresso e a história dos meios de transportes, do navio ao foguete interplanetário, passando pelo automóvel (inclusive um Mercedes de 1886 que já chegava a 15 km/h e um Mercedes esportivo de 1934, que atingia 280 km/h) e o avião, por exemplo. Maior atração é exercida, porém, pelas locomotivas.
Para quem gosta de música, uma opção é visitar o Museu Richard WagnerLink externo. Note-se que o compositor alemão viveu nos arredores de Lucerna de 1866 a 1872.
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