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Um giro pela cidade de Coira

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Em uma série de reportagens intitulada "Uma cidade, sua vida, sua gente", o jornalista Luiz Amaral, da redação de língua portuguesa da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI), contou em som e música a história de Coira, uma cidade localizada na região sudoeste da Suíça. Escute aqui o programa transmitido em 1977.

O texto abaixo foi escrito na época e descreve o que o ouvinte estaria escutando no programa, cujas antenas da antiga RSI enviavam aos quatro cantos do planeta.

“…O nome Coira – Chur, em alemão e Coire, em francês – deriva do celta cora ou còria que significa tribo. Coira seria a cidade mais antiga da Suíça. Registra-se, de fato, que entre 3 mil e 2 mil e 500 a.C. lá havia uma civilização da idade da pedra.

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Capital da província romana Retia Prima, em Coira foi construída, por volta do ano 300, a primeira igreja episcopal ao norte dos Alpes. A região integrou a Confederação Helvética em 1803, por imposição napoleônica. Foi Henri, duque de Rouen, em guerra contra a casa da Áustria, quem introduziu o pinot noir na região. O vinho tirado dessa cepa combina com a carne seca dos Grisões, especialidade local. A visita à cidade é facilitada por marcas de pés pintados: vermelho e verde. A feira de frutas e legumes, após o inverno, realiza-se sob as arcadas da prefeitura. 

Note-se que, no séc. XV, os burgueses da cidade se livraram da tutela dos príncipes-bispos. Eles já se tinham, então, emancipado quando chegou a Reforma. Os mencionados “passos vermelhos” conduzem, p. ex. à casa “da grande pintora” Angelika Kauffmann, do séc. XVIII. Conduzem também à igreja de São Martinho, do séc. VIII, reconstruída em estilo gótico no séc. XV. Ela tem vitrais de Augusto Giacometti.

Uma característica da arquitetura de Coira são fachadas simples e belas decorações interiores. A visita turística leva em seguida ao coração da cidade, à cidadela: uma praça tranquila com a catedral-fortaleza, o prebostado e parte da torre do castelo fechando o conjunto. A catedral, fiel ao estilo romano, reúne elementos góticos e várias outras influências, mesmo islâmica. Explica-se: Coira era lugar obrigatório de passagem, um “entroncamento”. Reflexo da riqueza das influências, o museu da catedral tem um cofre romano de marfim, tecidos sírios, cibório celta… Aliás, a catedral – importante monumento – é um testemunho de 2 mil anos de história dos colos alpinos.

No item culinária destaca-se o Hotel Stern, existente há 300 anos, um dos patrimônios dessa cidade, de 34 mil habitantes. Uma boa escolha no cardápio é p. ex. o “dolcebrusco”, fígado à milanesa, com polenta, molho de vinho e groselha ou “maluns”, à base de batata, com queijo, purê de maçã e manteiga…

O giro por Coira nos leva, em seguida, ao Museu de Arte, “pequeno, mas de grande categoria”, com quadros de Angelika Kauffmann, dos Giacometti, Amiet, Fegantini, Kirschner, entre outros.

Na reportagem é entrevistado Tommys Ragett, prefeito de Domat-Ems, que viveu 10 anos no Brasil. Ele lembra que Coira está entre montanhas, não tem indústria pesada, que na cidade se fabricam as famosas balanças Busch e que Coira é capital de uma região montanhosa de 150 vales.

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A bandeira portuguesa com troféus na vitrine de um pequeno clube português em Scuol, cantão dos Grisões

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Crianças são esperança de um idioma ameaçado

Este conteúdo foi publicado em A primeira impressão de familiaridade é o cumprimento que as pessoas se dão nas ruas de Scuol.  “Allegra”, diz uma jovem ao turista que acaba de chegar. Em português, seria algo “olá”. Já pela manhã, as pessoas se cumprimentam com sonoro “Bun di”. O que soa por vezes como português é, na realidade, o reto-romanche,…

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Sua esposa Carmen diz ter aprendido o romanche ouvindo as pessoas. Lembra que o idioma tem palavras idênticas ao português, como mesa e porta; que a vida é sossegada e os habitantes são cordiais. Para Ragett, os habitantes são modestos e há poucas diferenças de classes sociais.

Constata que o clima não deixa margem ao “dolce far niente” e enfatiza a diferença no povo que, dependendo da região do cantão, é mais germânico ou mais latino. Lembra ainda que o romanche é falado por 1% da população suíça e quem fala romanche precisa também aprender o alemão para comunicar-se…”

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Flavio Bundi como soldado da Guarda Pontífica

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“O reto-romanche não é falado apenas nas montanhas”

Este conteúdo foi publicado em Flavio Bundi assumiu na cidade de Chur no início de novembro sua posição como redator chefe da Rádio e Televisão Reto-romanche (RTR). Bundi já trabalhou como guarda papal e como chefe de programa da “easyvoteLink externo“, uma plataforma para a promoção da participação política entre jovens adultos. Em seu tempo livre, Bundi também é maestro e…

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