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Assembleia mundial da OMS discute temas importantes

People in white protective clothing passing boxes up the ramp of an airplane.
A resposta tardia à eclosão da pandemia de Covid-19 na China permitiu que o vírus se espalhasse globalmente. Na imagem: agentes venezuelanos descarregam caixas de suprimentos médicos encomendados da China em março de 2020. Keystone

A assembleia da OMS reúne, a partir de 24 de maio em Genebra, representantes de todos os países-membros. Um momento que pode ser decisivo para delinear uma resposta mais efetiva às futuras pandemias.

O encontro de uma semana, em 2021 organizado de forma virtual, traz delegações de representantes dos 194 países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante esses dias feitas nomeações, avaliado o orçamento e definida as novas políticas do organismo internacional baseado em Genebra.

A assembleia neste ano pode ser uma das mais dramáticas dos últimos anos, pois ocorre em um contexto de debates sobre o acesso às vacinas, que coloca países ricos contra pobres e o Ocidente contra o Oriente.

Apenas algumas semanas antes, a embaixadora americana para a Organização Mundial do Comércio (OMC), Katherine Tai, declarou que os Estados Unidos da América vão apoiar o levantamento de patentes das vacinas contra a Covid-19.

O anúncio pegou desprevenida a Europa, incluindo a Suíça com seu importante setor farmacêutico. Como informou a SWI swissinfo.ch, o governo helvético não está disposto a abrir mão da proteção de patentes.

Mesmo que uma decisão final sobre a possível renúncia seja tomada ainda este ano pelos países-membros como parte das conversações no OMC, a melhoria do acesso a medicamentos e outras tecnologias de saúde estará no topo da agenda da assembleia da saúde em Genebra.

Resposta lenta à pandemia

Tanto a OMS quanto a China são criticadas por não terem agido com rapidez suficiente para conter a pandemia de Covid-19 quando as primeiras contaminações foram registradas em Wuhan no final de 2019. Apesar de permitir a entrada de uma equipe internacional de especialistas, no início de 2021, suspeita-se que a China dificultou o trabalho de investigação que poderiam ter levado a uma melhor compreensão da origem do surto.

De fato, a OMS não tem poder sem o apoio dos países-membros e da cooperação regional. SWI swissinfo.ch analisa com mais profundidade a atuação do organismo internacional e sua resposta à crise de saúde, dando destaque ao trabalho realizado pelos representações regionais da OMS: o reforço das capacidades laboratoriais permitindo que o vírus seja detectado com mais facilidade, a melhora dos sistemas de saúde locais e a avaliação rápida e acurada dos surtos.

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malade dans un hopital français

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OMS quer compartilhar melhor informações

Este conteúdo foi publicado em A pandemia de Covid-19 mostra que existe uma necessidade de reforma da OMS. A questão será levantada na próxima assembleia mundial da organização internacional em Genebra.

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Uma razão à resposta lenta da comunidade internacional à pandemia de Covid-19 foi o fracasso dos governos de manter seus compromissos com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), projetado em 2005 para melhorar a colaboração global. Espera-se que os delegados presentes na assembleia examinem de perto o motivo pelo qual a aplicação do regulamento foi tão ineficaz.

Entrevistado, Keiji Fukuda, ex-diretor-geral-adjunto da OMS declarou que “a questão mais fundamental é saber se os países acreditam que uma abordagem multilateral e cooperativa seja desejável e se esta deva ser implementada.”

O nível de cooperação dos países e como estes definem as prioridades não são decisões únicas dos governos. Doadores privados desempenham um papel cada vez mais importante na definição de políticas e respostas globais às crises de saúde. A Fundação Bill e Melinda Gates é o segundo maior contribuinte ao orçamento da OMS, respondendo por mais de nove por centro do financiamento do organismo internacional.

Embora essa colaboração seja importante e fundamental, há questões a serem levantadas: até que ponto grupos privados devam ter influência na definição das políticas globais de saúde? “Ela (a OMS) tem obrigação de prestar contas a esses doadores, que não podem ser responsabilizados pelos seus atos”, declarou Lawrence Gostin, professor da Universidade de Georgetown, no artigo abaixo.

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Bill Gates

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Até que ponto Bill Gates influencia a OMS?

Este conteúdo foi publicado em A próxima assembléia da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrentará apelos de reformas. Uma das questões é o papel dos doadores privados como a Fundação Bill e Melinda Gates.

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Por sua vez, Linsey McGoey, professora da Universidade de Essex (Grã-Bretanha) considera que Bill Gates tem um interesse ideológico em ver resultados mensuráveis em pouco tempo. Razão: para o bilionário seria uma forma de mostrar que sua filantropia funciona.

Como a OMS chegou à situação atual? Ela é uma organização criada para beneficiar a humanidade, mas deve prestar conta à grupos privados. E como cumpre seu papel de coordenar uma resposta às emergências de saúde se está é minada pelos seus próprios membros? No vídeo abaixo explicamos as realizações da OMS ao longo dos 73 anos de existência e abordamos os muitos desafios atuais.

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WHO explainer

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Covid-19: qual o papel da OMS?

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Adaptação: Alexander Thoele

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