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Jovens brasileiros entre os mais condenados da Suíça

As estatísticas também mostram que a criminalidade na Suíça está no seu nível mais baixo desde 2009 Keystone

Imigrantes da África Ocidental, dominicanos, norte-africanos e turcos tiveram os mais altos índices de condenação entre os estrangeiros residentes na Suíça em 2014, revelou a Secretaria Federal de Estatísticas da Suíça.

Pela primeira vez, o órgão de estudos estatísticos da Suíça forneceu detalhes sobre as nacionalidades dos indivíduos condenados por vários crimes na Suíça, tanto os residentes de longa duração como os ilegais no país. No geral, o índice de criminalidade permanece em seu nível mais baixo desde 2009.

Os cidadãos com um visto de residência B (inicial) ou C (permanente) com os maiores índices médios de condenação em 2014 vieram da África Ocidental (29 condenações por 1000 habitantes da Suíça), República Dominicana (22 condenações), África do Norte (19) e Turquia (12), revelou o estudo publicado na terça-feira (20).

O índice de condenação por cidadãos suíços em 2014 foi de 2,7 por 1000 habitantes, atrás de cidadãos da Espanha (4,6), Itália (4,1) e França (3,8), mas à frente dos cidadãos da Alemanha (2,5).

Entre os jovens de 18 a 29 anos de idade, os maiores índices de condenação penal foram registrados entre os homens da África Ocidental (78 por 1000 habitantes), República Dominicana (65) e Brasil (35).

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Qual é a relação entre crime e nacionalidade?

Este conteúdo foi publicado em A maioria dos crimes cometidos na Suíça são atribuídos a “turistas do crime”, ou seja, estrangeiros que não estão registados junto das autoridades e não têm autorização de residência no país. No que diz respeito à população residente, o número de presos estrangeiros é cerca de duas vezes maior do que os suíços. Dois pesquisadores…

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Em termos absolutos, os cidadãos da ex-Iugoslávia e da Albânia registraram o maior número de condenações em 2014 (2064), mas o índice de condenação deles ficou na média (9 por 1000 habitantes).

A Secretaria Federal de Estatísticas não calcula os índices de condenação penal para os estrangeiros sem visto B ou C. Para essa categoria, as pessoas provenientes da Romênia tiveram o maior número absoluto de condenações penais (1718), à frente das do Norte da África (1695) e da antiga Iugoslávia e da Albânia (1314). Elas são seguidas pela França (879), África Ocidental (793), ex-países da União Soviética (698), Itália (379) e Alemanha (372).

Para os cidadãos da África Ocidental e dos Balcãs, as estatísticas foram agrupadas devido à dificuldade de analisar cada país separadamente, explica o órgão de estatísticas.

Criminalidade em queda

Este novo ranking confirma uma tendência observada de queda da criminalidade nos últimos anos. Os dados mais recentes para 2015, publicados em março de 2016, mostram que a criminalidade caiu mais de 7% em relação ao ano anterior. Os números de suíços e estrangeiros acusados de crimes continuam a diminuir. Pouco mais de 77.000 crimes foram cometidos em solo suíço. Este foi o número mais baixo desde 2009 e inclui suíços e estrangeiros.

As estatísticas divulgadas em agosto deste ano também mostraram uma queda no número de criminosos cumprindo penas de prisão na Suíça, mas um aumento no número de mulheres presas e detentos com passaporte suíço.

Assim, de 9463 pessoas detidas na Suíça em 2014, havia 9201 no ano passado – uma redução de cerca de 3%. A maioria delas (3548) tem entre 25 e 34 anos. O número de mulheres presas aumentou em cerca de 6%, passando de 734 para 776. Houve também um ligeiro aumento do número de presos suíços em comparação com estrangeiros: até 0,5%, passando de 2927 para 2942.

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