Cidades suíças são as mais caras do mundo para diversão
Se você quiser se divertir, e se divertir barato, não vá a Zurique ou a Genebra: as duas cidades suíças são as mais caras do mundo para o lazer, de acordo com a Pesquisa Mundial de Custo de Vida 2019.
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Nascido em Londres, Thomas trabalhou para o jornal inglês The Independent antes de se mudar para Berna em 2005. Domina três idiomas suíços oficiais e gosta de viajar pelo país e praticá-los, sobretudo nos seus pubs, restaurantes e sorveterias.
Kai trabalha como designer na equipe multimídia da SWI swissinfo.ch. Na junção entre jornalismo e design, desenvolve infográficos, animações, mapas e novos formatos para mídias sociais.
A pesquisa deste ano, publicada na terça-feira pela Economist Intelligence Unit (EIU), revela que Zurique é a quarta cidade mais cara em geral, atrás apenas dos “vencedores” Singapura, Paris e Hong Kong. Genebra está empatada em quinto com Osaka (Japão).
“Em geral, nos últimos anos, vimos cidades europeias no topo da lista dos custos mais altos em várias categorias, como por exemplo, despesas domésticas e pessoais, bem como recreação e entretenimento. Zurique e Genebra realmente lideraram todas as 133 cidades que pesquisamos nessas categorias”, disse a autora do relatório, Roxana Slavcheva, à swissinfo.ch.
“Isso talvez reflita um ágio maior que aquelas cidades, ou as pessoas na Suíça em geral, colocam em gastos discricionários [em itens não essenciais]. Zurique e Genebra são as duas únicas cidades que pesquisamos na Suíça, mas as vemos como representativas do custo de vida do país como um todo.”
De acordo com Slavcheva, o ítem ‘recreação e entretenimento’ considera “o preço de uma televisão, um PC, uma assinatura de um jornal ou revista, o preço de ingressos de cinema, ingressos de teatro, restaurantes – o custo de sair”.
Enquanto outras pesquisas destacaram o alto preço do café e Big Macs na Suíça, algumas coisas poderiam ser piores para os consumidores suíços, como mostra a pesquisa da EIU:
Embora Zurique tenha caído dois lugares e Genebra tenha ganho um, as duas cidades ainda encontram-se muito próximas do topo. “Às vezes, a queda acontece porque há movimento em outras partes do índice, e não necessariamente porque a cidade ficou mais barata”, disse ela.
Convergência
Slavcheva observou custos convergentes em cidades tradicionalmente mais caras, como Paris, Singapura, Zurique, Genebra, Copenhague e Hong Kong.
“É uma prova da globalização e da similaridade de gostos e padrões de compras. Mesmo em locais onde comprar mantimentos pode ser relativamente mais barato, os serviços públicos ou os preços de transporte aumentam o custo total de vida”, explicou ela.
“Mais notável é a severa queda no ranking das cidades de economia emergente – Istambul, Tashkent, Moscou e São Petersburgo – devido à alta inflação sustentada e depreciações cambiais.”
As cidades mais baratas da pesquisa foram Caracas, na Venezuela, e Damasco, na Síria, que eram 85% e 75% mais baratas do que Nova York, respectivamente.
O custo de vida mundial
O Custo de Vida Mundial é uma pesquisa semestral da EIU de 400 preços individuais sobre 160 produtos e serviços em 133 cidades espalhadas em 93 países. Estes incluem alimentos, bebidas, roupas, suprimentos domésticos e itens de cuidados pessoais, aluguel, transporte, despesas com serviços públicos, escolas particulares, ajuda doméstica e custos recreativos.
Pesquisadores da EIU analisam uma série de estabelecimentos comerciais diferentes: supermercados, lojas de preço médio e lojas especializadas com preços mais altos. Os preços considerados na pesquisa não são os recomendados para os preços de varejo ou os relativos aos custos dos fabricantes; eles são o que o consumidor efetivamente desembolsa.
A pesquisa permite comparações de cidade para cidade, mas para o propósito deste relatório todas as cidades são comparadas com uma cidade-base, no caso Nova York, que tem seu índice definido em 100. A pesquisa vem sendo realizada por mais de 30 anos.
(Fonte EIU)
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