Dois terços dos suíços sentem pressões do aumento da inflação

Pouco mais de um terço (34%) dos suíços pesquisados disseram que reduziram seus gastos com alimentação. Ofertas especiais e promoções se tornaram mais importantes para pouco mais da metade e muitos procuram produtos mais baratos (44%). © Keystone / Christian Beutler

Dois terços dos residentes na Suíça, um dos países mais ricos do mundo, dizem que estão sentindo o impacto do aumento da inflação nos últimos dois anos, revela uma pesquisa da consultoria Deloitte. A vida se tornou "muito difícil" para mais de um quarto dos entrevistados.

A inflação está exercendo um impacto significativo sobre o comportamento do consumidor na Suíça, segundo o relatório. As pessoas estão cortando gastos não essenciais e fazendo economias, concluem os autores da pesquisa “Pulse of Switzerland”.

Eles descobriram que mais da metade (52%) dos entrevistados gastou menos em restaurantes ou noites fora de casa nos últimos 12 meses. E 40% disseram que reduziram a compra de roupas, férias, viagens e atividades de lazer. Mais de um terço (34%) reduziu os gastos com alimentação.

No total, 57% reduziram os gastos com itens não essenciais. Menos pessoas economizaram em educação (10%), transporte público (14%) ou telecomunicações (16%).

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Os clientes estão mais dispostos a fazer compras, dizem os autores. Ofertas especiais e promoções se tornaram mais importantes para 51% dos entrevistados. Muitos também procuram produtos mais baratos (44%) ou mudaram para fornecedores mais baratos (37%).

No entanto, apenas uma pequena minoria dos entrevistados está optando por produtos de segunda mão, fabricando eles mesmos ou fazendo empréstimos devido aos preços mais altos. Portanto, a Deloitte acredita que ainda não houve nenhuma mudança fundamental no comportamento do consumidor.

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Na pesquisa, 27% dos entrevistados em toda a Suíça disseram que a inflação tornou a vida “muito difícil” nos últimos 12 meses.

A Suíça de língua francesa parece ter sido particularmente atingida, com 33% dizendo que a inflação tornou a vida “muito difícil” e 40% “razoavelmente difícil”. No país como um todo, quase dois terços (65%) afirmam que a inflação está dificultando a vida, aumentando para quase três quartos (73%) na Suíça de língua francesa.

O aumento dos aluguéis e dos planos de saúde também é motivo de preocupação. Mas, em ambos os casos, é difícil fazer economias.

A pesquisa mostra que a opinião pública está praticamente dividida sobre essa questão. Uma metade da população quer soluções sustentáveis e de longo prazo para o aumento da inflação, enquanto a outra quer ações de curto prazo.

Na Suíça, os preços estão atualmente 6% mais altos, em média, do que estavam no início de 2021. Um total de 1.900 pessoas que vivem no país alpino participaram da pesquisa da Deloitte em novembro de 2023.

Traduzido por Deepl/Fernando Hirschy

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