Estudo revela números dramáticos do fumo passivo

Pessoas expostas ao fumo passivo provocam custos de mais de meio bilhão de dólares ao sistema de saúde da Suíça.
É o que revela um estudo publicado nesta quinta-feira pelo Instituto de Medicina Preventiva e Social da Universidade de Basileia.
Os pesquisadores calcularam a economia que o país poderia fazer na área de saúde, se introduzisse uma proibição geral do fumo em ambientes públicos e locais de trabalho.
Eles concluíram que o fumo passivo em restaurantes e no trabalho causa anualmente 70 mil dias adicionais de hospitalização e provoca a perda de 3 mil anos de vida.
Os custos decorrentes disso são de, no mínimo, 420 milhões de francos: 45% referentes a infartos cardíacos, 29% a casos de câncer do pulmão.
Além disso, os pesquisadores estimam que outros 10 mil dias de internação em hospitais e mil anos de vida perdidos resultam do fumo passivo em casa. Os custos para o sistema de saúde, nesse caso, são de 100 milhões de francos.
Os números baseiam-se na situação reinante em 2006, quando 84% da população suíça estavam pelo menos esporadicamente expostos ao fumo passivo na gastronomia.
Leis antifumo
Desde então, quase a metade dos 26 cantões (estados) aprovou proibições e regulamentações para bares e restaurantes (veja mapa na coluna à direita). Uma coalizão de mais de 40 entidades afirma que essas leis são pouco restritivas e reivindicam uma proibição nacional.
A economia possível na área da saúde depende do rigor das leis de proteção aos não fumantes, dizem os pesquisadores.
Uma medição mostrou que a poluição do ar em área reservadas a não fumantes continua duas vezes superior a de bares e restaurantes suíços que proibiram completamente o fumo.
Proibição do fumo reduz casos de infarto
Segundo um comunicado dos pesquisadores, a proibição do fumo em ambientes públicos introduzida em vários países nos últimos anos reduziu, em média, em 16% as hospitalizações por infarto cardíaco.
O estudo foi financiado com recursos federais do Fundo de Prevenção ao Tabaco. Além do Instituto de Medicina Preventiva, ligado ao Instituto Tropical Suíço, em Basileia, participaram a empresa de consultoria Ecoplan, de Berna, e a Liga do Pulmão.
swissinfo.ch com agências


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