Líderes partidários exigem medidas mais rigorosas contra Covid nas fronteiras
Os líderes dos seis maiores partidos políticos do país enviaram uma carta conjunta ao governo federal, instando-o a colocar em prática um rigoroso regime de teste e quarentena para todos os viajantes, numa tentativa de limitar a propagação das novas variantes do coronavírus.
As medidas exigidas pelos líderes do Partido Popular Suíço, do Partido Socialista, do Partido Centro, dos Radicais-Liberais, dos Verdes e dos Verdes-Liberais “quebram os tabus precedentes”, de acordo com o jornal SonntagsZeitung. Elas visam todas as pessoas que entram na Suíça, incluindo trabalhadores transfronteiriços, e exigem que apresentem um resultado negativo no teste do coronavírus nos aeroportos e nos postos de fronteira, além de terem que entrar em quarentena.
Dependendo da situação no país de origem, os viajantes precisariam entrar em uma quarentena padrão ou “leve”. As exceções poderiam ser feitas para pessoas de “poucos países que são oficialmente considerados livres de coronavírus, como Taiwan”, disse ao jornal Petra Gössi, líder do Partido Radical-Liberal.
Os trabalhadores transfronteiriços, entretanto, precisariam ser testados regularmente a cada três dias. Até agora, somente o Partido Popular havia exigido restrições de viagem para os trabalhadores fronteiriços.
Limitar estritamente o número de pessoas que entram na Suíça “é a única maneira de proteger a saúde da população e o efeito das medidas [já] em vigor”, disse o líder do Partido Verde-Liberal, Jürg Grossen, que iniciou a carta conjunta.
Medidas rigorosas na França
Atualmente, só quem chega de um país onde a taxa de infecção é maior do que a da Suíça deve entrar em quarentena. A lista de países afetados por esta política é regularmente atualizada pelo Ministério da Saúde.
Desde domingo, qualquer pessoa que entra na França precisa apresentar um resultado negativo no teste do coronavírus. Esta exigência se aplica somente em aeroportos e não em fronteiras terrestres, estações ferroviárias ou portos, confirmou um porta-voz do Ministério da Saúde francês à agência de notícias Keystone-SDA no domingo.
De acordo com o SonntagsZeitung, a União Europeia ( da qual a Suíça não é membro) está considerando impor exigências de testes e quarentena a quem chega de países onde o vírus está muito disseminado, e desencorajar viagens não essenciais em geral.
Testes rápidos em larga escala
A Keystone-SDA também confirmou que o Conselho Federal enviou uma proposta aos cantões para a realização de testes em massa em escolas, casas de repouso e empresas, num esforço para controlar o vírus.
Os testes rápidos seriam pagos pelo Estado e a abordagem seria baseada no modelo utilizado pelo cantão dos Grisões, que planeja realizar 20.000 testes por semana a partir desta quarta-feira.
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Boletim: Coronavírus na Suíça
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