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Limpeza de antigo depósito de munições suíço deve levar 10 anos

mitholz village
Mitholz está situado no vale Kandertal, no cantão de Berna © Keystone / Adrian Reusser

Os moradores do vilarejo de Mitholz, nos Alpes Berneses, podem ter que deixar suas casas devido a uma operação de grande escala para limpar e assegurar um velho depósito de munição contendo 3.500 toneladas de munição e explosivos, disseram as autoridades.

Os preparativos para a operação vão durar uma década, com custos previstos de mais de um bilhão de francos, disse a ministra da Defesa Viola Amherd na terça-feira (25), em Mitholz.

Os planos para a operação foram divulgados depois que um relatório do Departamento Federal do Meio Ambiente concluiu no ano passado que as 3.500 toneladas de munições e explosivos armazenados no local subterrâneo representavam um perigo maior do que o assumido anteriormente.

O Ministério da Defesa diz que nunca antes um antigo estoque de armas foi evacuado sob condições tão difíceis.

Por exemplo, a formação rochosa ‘Dreispitz’ que cobre o depósito é instável e só pode ser removida em camadas; uma nova estrada pode também precisar ser construída para garantir que as cidades de Kandersteg e Kandergrund permaneçam ligadas.

Entretanto, cerca de 170 residentes do vilarejo poderão ter que abandonar as suas casas para facilitar a remoção de todo o material bélico, mas não antes de 2031, quando os trabalhos de preparação estiverem concluídos.

Um plano de contingência para cobrir toda a área com pedra e enterrar as munições continua a ser uma opção, mas não é a escolha preferida das autoridades nem dos residentes, que não querem deixar “um presente tóxico para as futuras gerações”, como disse o responsável do projeto Hanspeter Aellig em uma conferência de imprensa na terça-feira.

O local de Mitholz foi palco de uma tragédia em 1947, quando uma parte das 7 mil toneladas de explosivos do depósito subterrâneo, que consistia em seis salas sob uma montanha ligadas por um túnel ferroviário transalpino, explodiram e mataram nove pessoas.


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swissinfo.ch/fh

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