ONGs de biodiversidade criticam atraso da Suíça
A Suíça ficou para trás em sua proteção de animais e plantas durante a última década, cumprindo apenas 1,4% de suas obrigações internacionais, disseram as organizações de defesa da natureza.
As ONGs BirdLife e Pro Natura disseram na quarta-feira que a Suíça está no fim da fila, 10 anos após assinar a “Convenção de Berna” do Conselho da Europa. Esta convenção incluiu notavelmente a criação de uma rede europeia de áreas protegidas, ou zonas “Esmeraldas”.
Na época, 37 dessas zonas foram nomeadas na Suíça, enquanto o Departamento Federal do Meio Ambiente se comprometeu a determinar outras no futuro, e a “garantir a proteção de espécies e áreas naturais na Suíça”.
As duas ONGs, entretanto, reclamam que apenas algumas espécies – e nenhum habitat – são cobertas pelos 37 sítios, enquanto outros sítios esmeralda simplesmente não foram nomeados, apesar de um prazo de 2020 para avançar.
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Durante os últimos dois anos, nenhum esforço foi visível na Suíça para proteger as 140 espécies animais e vegetais e 43 habitats identificados a nível europeu, dizem as ONGs. Elas acrescentam que a responsabilidade foi simplesmente passada pelo governo para os 26 cantões.
Segundo elas, a Suíça ainda tem uma chance de recuperar terreno: até 2030, ela deve não só ter criado a rede “Esmeralda”, mas também deve ter posto em prática planos de gestão para as zonas. Se o país não se mover rapidamente, perderá este novo compromisso e colocará suas próprias espécies e habitats em risco ainda maior, advertem as ONGs.
A agricultura ou silvicultura é autorizada em sítios “Esmeralda”, desde que não representem uma ameaça aos objetivos de proteção, disseram a Birdlife e a Pro Natura.
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