O Supremo Tribunal da Suíça decidiu que os pais não têm o direito constitucional de ensinar em casa crianças em idade escolar. A decisão reforça o direito dos cantões de estabelecerem regras restritivas, ou mesmo proibições de ensino em casa.
Este conteúdo foi publicado em
2 minutos
English
en
Federal court rules against homeschooling
original
Em 2017, uma mãe no cantão da Basileia pediu autorização para instruir em casa seu filho de 8 anos. As autoridades escolares rejeitaram o seu pedido e o tribunal cantonal seguiu o exemplo, negando o recurso.
A mãe levou o caso ao Tribunal Federal, onde argumentou que a decisão do tribunal cantonal equivalia a uma proibição da educação em casa e violava o seu direito constitucional ao respeito pela vida privada e familiar.
No julgamento tornado público no início da semana, o Tribunal Federal rejeitou o recurso da mãe e decidiu que o direito à vida privada não confere nenhum direito ao ensino domiciliar. Ele acrescentou que nenhum tratado internacional concede tal direito.
O tribunal também determinou que os cantões podem decidir se, e em que medida, este tipo de educação pode ser autorizado ou mesmo proibido. Na cidade de Basileia, o ensino em casa pode ser autorizado, especialmente se o requerente demonstrar que não é possível frequentar uma escola.
Em um julgamento anterior, o Tribunal Federal já havia decidido que as leis federais sobre educação não concediam o direito à educação domiciliar. No entanto, o supremo permitiu que os cantões decidissem como cumprir os requisitos legais federais para garantir uma educação básica adequada.
Mais de 1.000 crianças são educadas em casa na Suíça, mas as políticas variam significativamente de cantão para cantão. Alguns exigem apenas um anúncio às autoridades, enquanto outros exigem diplomas de ensino e autorização oficial. O cantão de Vaud, na região de língua francesa, que tem um dos maiores números de crianças instruídas em casa (cerca de 600), está considerando a possibilidade de reforçar as suas disposições legais.
swissinfo.ch/fh
Mais lidos
Mostrar mais
Perspectiva suíça
Elogios e críticas à ambiguidade diplomática do Brasil
Como evitar que a inteligência artificial seja monopolizada?
Como evitar o monopólio da IA? Com o potencial de resolver grandes problemas globais, há risco de países ricos e gigantes da tecnologia concentrarem esses benefícios. Democratizar o acesso é possível?
Pesquisadores suíços identificam variantes genéticas ligadas à progressão do câncer
Este conteúdo foi publicado em
Os pesquisadores da ETH Zurich exploraram os efeitos das mutações genéticas na função celular e seu papel no desenvolvimento e tratamento do câncer usando técnicas CRISPR/Cas.
Pesquisadores suíços usarão IA para melhorar previsões de tempo e clima
Este conteúdo foi publicado em
A MeteoSwiss e o Centro Suíço de Ciência de Dados assinaram um acordo de quatro anos para fazer maior uso da IA em meteorologia e climatologia no futuro.
Este conteúdo foi publicado em
Antes da COP29, ONGs suíças pedem que as nações ricas paguem 1 trilhão de dólares por ano para ajudar outros países a resolver os problemas climáticos.
Proliferação de plantas não nativas é responsável por invasões de insetos
Este conteúdo foi publicado em
Um estudo global revelou que as invasões de insetos estão sendo impulsionadas pela proliferação de plantas não nativas. Isso pode perturbar enormemente os processos ecológicos, muitas vezes levando a sérios impactos econômicos.
Uma em cada cinco crianças na Suíça sofre abuso psicológico em casa
Este conteúdo foi publicado em
Na Suíça, uma em cada cinco crianças sofre violência psicológica, e uma em cada três já presenciou violência psicológica entre os pais, diz a associação Kinderschutz Schweiz.
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.
Consulte Mais informação
Mostrar mais
Escolaridade obrigatória
Na Suíça, a escolaridade obrigatória dura onze anos, é gratuita e aberta a todas as crianças.
Este conteúdo foi publicado em
No modelo suíço de escola integrativa, ou inclusiva, introduzido há cerca de uma década, crianças com problemas comportamentais classificadas como tendo “necessidades emocionais e sociais especiais ” frequentam escolas normais, em vez de serem agrupadas em turmas ou escolas específicas para crianças com necessidades especiais como antes. Reportagens veiculadas recentemente na mídia com histórias de…
Este conteúdo foi publicado em
Adolescentes suíços estão geralmente na faixa etária de 15 a 16 anos ao concluir o ensino básico. Porém dois anos antes já precisam iniciar o planejamento profissional. A decisão final ocorre aos 14 anos, o que não facilita para muitos deles a escolha. Vinte por cento dos escolares vão para a escola secundária (chamada ‘gymnasium’…
Este conteúdo foi publicado em
“Na Índia, só os alunos brilhantes recebem elogios. As crianças que falam pouco ou que são tímidas são geralmente negligenciadas pelos professores. Contudo, os professores suíços fazem o melhor possível para satisfazer às necessidades individuais de cada aluno”. Ruby*, uma mãe indiana moradora do cantão de Vaud, está contente que suas crianças possam ser escolarizadas…
Este conteúdo foi publicado em
“Com 15 anos compreendi que a minha estadia na Suíça era ilegal. Fiquei muito triste, pois tinha feito tanto esforço na escola e feito boas amizades.” Assim lembra-se Daiene o dia quando se conscientizou que sua realidade era diferente da maioria das pessoas. Muitos menores de idade clandestinos na Suíça vivem a mesma situação. Quando esses jovens, depois de nove…
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.