Padres cometeram mais de 1000 crimes sexuais na Suíça desde 1950

"O que foi descoberto é apenas a ponta do iceberg", disseram os autores do estudo. Keystone / Alessandro Della Valle

Mais de 1000 atos de abuso sexual foram perpetrados por clérigos católicos e membros da Ordem desde 1950 na Suíça, de acordo com uma análise realizada por historiadores da Universidade de Zurique.

“O que foi descoberto é apenas a ponta do iceberg”, disse a universidade em um comunicado na terça-feira. Os 1002 casos de abuso que emergiram do estudo dos arquivos secretos das instituições da igreja são, no entanto, mais numerosos do que os relatados pela Igreja até agora.

Os incidentes detectados envolveram 510 criminosos e 921 vítimas, que em 74% dos casos eram menores de idade. Com poucas exceções, os crimes foram cometidos por homens; 54% das vítimas eram do sexo masculino.

Até a década de 2000, a maior parte da violência foi ignorada, ocultada ou minimizada pelos líderes da Igreja, de acordo com a declaração. As reações da instituição religiosa começaram a mudar na virada deste século.

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