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Pandemia levou mais pessoas a fazer seus testamentos

Homem com máscara
Mais de um terço dos entrevistados disse que Covid os fez preocupar-se com a morte e a finitude da vida Keystone / Samuel Golay

O número de testamentos na Suíça aumentou durante os últimos três anos, marcado pela crise da Covid-19. Entretanto, o sentimento inicial de solidariedade desapareceu, de acordo com uma pesquisa da Aliança para o Bem Comum.

A pandemia fez o povo suíço parar para pensar, disse a AliançaLink externo, um grupo de 44 ONGs cujo objetivo é criar as condições para que uma parte significativamente maior da riqueza total seja deixada para o setor sem fins lucrativos.

Em uma pesquisa representativa realizada neste verão entre 1.035 pessoas com mais de 45 anos de idade na Suíça de língua alemã e francesa, 38% dos entrevistados disseram que a Covid os fez preocupar-se com a morte e a finitude da vida.

O número de pessoas que escreveram um testamento aumentou de 27% em 2019, antes da pandemia, para 32%.

As principais razões apresentadas são a segurança dos parentes, mas também o desejo de evitar disputas sucessórias e o desejo de poder determinar sua própria sucessão.

A Aliança para o Bem Comum associa isto a dúvidas crescentes sobre a solidariedade na sociedade: em 2020, 19% dos entrevistados viram um declínio na solidariedade, comparado com 37% em 2022.

Necessidade de informação

De acordo com um estudo da Universidade de Lausanne citado pela Aliança para o Bem Comum, cerca de CHF95 bilhões (US$94 bilhões) são herdados a cada ano. Este valor é consideravelmente maior do que a renda do governo federal. No entanto, apenas 0,3% deste valor é pago a instituições de caridade.

Em 2020, 11% das pessoas que haviam feito um testamento disseram que haviam incluído instituições beneficentes nele. Em 2022, a cifra era de 14%.

A pandemia fez pouca diferença. “Como antes, apenas uma parte muito pequena do dinheiro herdado beneficia as organizações sem fins lucrativos. E ainda assim, os entrevistados acreditam que estas organizações fazem um trabalho muito importante. Portanto, há uma grande necessidade de informação”, disse Thomas Witte, presidente da aliança.


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