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Governo quer usar mídias sociais em enquetes de asilo

Requerente de asilo usando seu celular
O Tribunal Administrativo Federal deu sinal verde para as autoridades coletarem informações sobre requerentes de asilo nas mídias sociais. Keystone

A Secretaria de Estado para Migração (SEM) está analisando como pode usar informações do Facebook e de outras redes sociais para ajudar na decisão sobre requerimentos de asilo, informou ontem (domingo) o jornal "NZZ am Sonntag".

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“A partir da informação que os solicitantes de asilo publicam nas redes sociais, pode ser possível tirar conclusões que possam ser importantes para o procedimento de refúgio, como referências a relações familiares”, disse o porta-voz da SEM, Martin Reichlin. “A Secretaria de Estado para Migração criou, portanto, um grupo de trabalho interno para esclarecer se, como e sob quais condições as informações acessíveis publicamente nas redes sociais podem e devem ser coletadas e usadas no processamento de pedidos de asilo”.

A decisão partiu do caso de um nigeriano que pediu asilo na Suíça em dezembro de 2016, alegando que estava sendo perseguido em seu país de origem. No entanto, ele forneceu informações contraditórias sobre sua identidade, e assim as autoridades migratórias tiveram de investigar mais a fundo. Graças às fotografias que sua esposa postou no Facebook, eles descobriram que ele veio para a Suíça não da Nigéria, mas da Espanha, onde morava com uma identidade diferente e administrava uma loja. Foi, portanto, decidido mandá-lo de volta para a Espanha.

O advogado do requerente de asilo se opôs à coleta de provas nas mídias sociais e interpôs recurso. Mas o Tribunal Administrativo Federal o rejeitou em dezembro de 2017, dizendo que “não havia qualquer culpa de que a Secretaria de Estado da Migração baseie suas considerações sobre o assunto nos resultados das buscas realizadas no Facebook”.

O SEM está agora estudando até que ponto as informações do Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais podem ser usadas para identificar os requerentes de asilo, informa o NZZ am Sonntag.

swissinfo.ch/ets

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